segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

BOLETIM 49 ANO X

A LIBERDADE DE IMPRENSA NO BRASIL E NO MUNDO
Nota do Brasil      
Porto Alegre (RS) – A Rede Globo foi absolvida no pedido de indenização por danos morais movida pelo traficante Fernandinho Beira-Mar que não gostou de ser filmado pela equipe do programa Fantástico junto com seus familiares durante uma visita íntima, ocorrida em 2014. A 3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região negou apelação do criminoso por entender que “só há dano moral se houve ataque à honra, dignidade ou reputação capaz de gerar intenso sofrimento”. A sentença reitera que “situações que causam mero aborrecimento, mágoa ou irritação não são passíveis de gerar indenização por quem se sentiu ofendido, já que esses sentimentos não são intensos ou duradouros o suficiente para ferir direitos da personalidade”. A matéria foi exibida em abril de 2014, quando a equipe do programa obteve autorização do Departamento  Penitenciário Nacional (Depen) para conhecer e registrar a rotina dos detentos na Penitenciária Federal de Catanduvas, no PR.

Pelo mundo
Argentina I - Milhares de pessoas protestaram contra a intenção do presidente Mauricio Macri de alterar a Lei de Meios que determina o desmembramento de grandes conglomerados de comunicação, como o grupo Clarín. Movimentos sociais como Abuelas de Plaza de Mayo, Madres de Plaza de Mayo, Frente para a Vitória (FPV) e a Autoridade Federal de Serviços de Comunicação Audiovisual (Afsca) se reuniram para declarar inconstitucional a possível iniciativa do presidente. Macri chegou a afirmar que considera a lei “intimidadora” para veículos independentes e ressaltou que iria modificá-la como forma de promover a liberdade de expressão no país.

Argentina II - A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) e o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) condenaram o ataque ao jornalista Sergio Hurtado, diretor e dono da Rádio Luna FM, que denunciou o tráfico de drogas na região de San Antonio de Areco. Dois homens armados invadiram a residência do profissional em 11 de dezembro e, além de estuprarem sua esposa, o intimidaram para que deixasse de falar sobre o comércio de drogas. No mesmo dia do ataque, a polícia prendeu dois suspeitos.

França I – A ONG Repórteres sem Fronteiras (RSF) revela em seu Barômetro da Liberdade de Imprensa que 65 jornalistas e 18 blogueiros foram mortos e 155 jornalistas e 163 blogueiros foram presos em todo o mundo em 2015. A RSF acompanha as ocorrências de atentados aos profissionais de comunicação e disponibiliza em seu site (www.rsf.org) o levantamento atualizado diariamente.

França II - O jornal Le Monde decidiu não publicar a crítica do novo filme da saga “Star Wars” antes de sua estreia no país após o embargo imposto pela Disney, que determinou uma série de condições “inaceitáveis” para autorizar que os jornalistas assistissem ao filme. O Le Monde diz ainda que a decisão da Disney é para justificar a seus acionistas o investimento bilionário na produção do filme, “mais do que pela vontade de criar ou entreter”.
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A Associação Riograndense de Imprensa (www.ari.org.br) disponibiliza o correio eletrônico imprensalivre@ari.org.br aos profissionais e estudantes da comunicação social para as denúncias envolvendo atentados ao livre exercício da profissão de jornalista.
O programa Conversa de Jornalista, transmitido aos sábados pela Rádio da Universidade AM 1080 Mhz, de Porto Alegre (RS), apresenta a resenha semanal das ocorrências nacionais e internacionais sobre liberdade de imprensa e expressão.
Fontes: ARI (www.ari.org.br), ABI (www.abi.org.br), Fenaj (www.fenaj.org.br), ANJ (www.anj.org.br), Observatório da Imprensa (www.observatoriodaimprensa.com.br), Abert (www.abert.org.br), Abraji (www.abraji.org.br), Portal Imprensa (www.portalimprensa.com.br), Rede em Defesa da Liberdade de Imprensa (www.liberdadedeimprensa.org.br), Portal Coletiva (www.coletiva.net), Consultor Jurídico (www.conjur.com.br), Sociedade Interamericana de Imprensa (Miami), Federação Internacional de Jornalistas (www.ifj.org) (Bruxelas), Sindicato dos Jornalistas de Portugal (www.jornalistas.eu)(Lisboa), ONG Repórteres Sem Fronteiras (www.rsf.org) (Paris), Portal Comunique-se (portal.comunique-se.com.br), Comitê de Proteção aos Jornalistas (Nova Iorque), Centro Knight para o Jornalismo nas Américas (knightcenter.utexas.edu), ONG Campanha Emblema de Imprensa (PEC), Freedom House (www.freedomhouse.org), Associação Mundial de Jornais (www.wan-ifra.org), Fórum Mundial dos Editores e outras instituições e entidades de defesa do livre exercício da profissão de jornalista.


Pesquisa e edição de Vilson Antonio Romero

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

BOLETIM 48 ANO X

A LIBERDADE DE IMPRENSA NO BRASIL E NO MUNDO
Boletim do Departamento de Direitos Sociais e Imprensa Livre
e-mails:  imprensalivre@ari.org.br e ari@ari.org.br
blog: http://tambordaaldeia.blogspot.com
ANO X - Nº 48 – 21 de dezembro de 2015

Destaques da semana: PMs prendem fotógrafo durante cobertura em SC. STF suspende parte da Lei do Direito de Resposta. ONG aponta o Brasil como um dos mais perigosos para os jornalistas. Entidades criticam ataque a profissional na Argentina.

Notas do Brasil
Florianópolis (SC) – O fotógrafo Marco Favero, do jornal Diário Catarinense, foi preso por policiais militares na tarde de 19 de dezembro, ao trabalhar na cobertura de uma reintegração de posse de terreno tomado por manifestantes na SC-401. O profissional acompanhava a ação da polícia quando foi algemado e colocado dentro da viatura. Ao tentar conversar com os policiais ao ser preso, Favero recebeu a justificativa de que estava sendo algemado “para sua própria segurança”, já que estava dentro da área isolada pela PM. Mesmo algemado, Favero conseguiu avisar colegas do jornal, que acionaram o departamento jurídico da empresa. O jornalista ficou cerca de 40 minutos preso dentro da viatura até ser liberado no local. Um boletim da ocorrência foi registrado pela empresa.

Brasília (DF) - A aplicação do artigo 10 da Lei do Direito de Resposta (Lei 13.188/2015), foi suspensa pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendendo pedido da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em ação que questiona a constitucionalidade de trecho da nova legislação (ADI 5415). A suspensão ainda está sujeita a confirmação pelo plenário da Corte. O dispositivo da referida lei determina que a obrigação de publicar a resposta só pode ser suspensa após análise de um colegiado (grupo de juízes). Desde que a lei do direito de resposta foi sancionada, outras duas organizações entraram com ações no STF questionando-a completa ou parcialmente. Ambas também têm o ministro Dias Toffoli como relator, pois tratam do mesmo tema da ADI proposta pela OAB. A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) questiona toda a Lei 13.188/2015. Já a Associação Nacional de Jornais (ANJ) entrou com a ADI 5436 em que, além de questionar o artigo 10 também atacado pela OAB, pede que o Supremo declare inconstitucionais partes dos artigos 2º e 5º e a íntegra dos artigos 6º e 7º.

Rio de Janeiro (RJ) I - Os jornalistas Ascânio Seleme, Cleide Carvalho e Germano Oliveira, do jornal O Globo, se livraram de indenizar o ex-presidente Lula em ação judicial decorrente de reportagens do veículo. Os textos informam que Lula seria dono de um apartamento no Guarujá, litoral de São Paulo, em um prédio da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop). A defesa do petista, entretanto, alegou que sua mulher, Marisa Letícia, detém uma cota do empreendimento e que deve recorrer da decisão.

Rio de Janeiro (RJ) II - O jornalista Guilherme Belarmino, do programa “Profissão Repórter”, da rede Globo, foi ameaçado de morte e sofreu ataques racistas nas redes sociais após reportagem sobre o universo feminista no Brasil. Os ataques se iniciaram após Belarmino usar a história da blogueira Lola Aranovich – que foi agredida em 2012 – na reportagem. O ato irritou o agressor, que afirmou em redes sociais que iria “dar muita porrada” no jornalista e que “desovaria os negros”. 

Pelo mundo
Suíça – A ONG Press Emblem Campaign (PEC) apontou o Brasil como um dos dez países mais perigosos para jornalistas, ocupando a sétima posição do ranking. A entidade ainda registrou que 128 profissionais de imprensa foram mortos em 2015.  O relatório anual leva em consideração o número de profissionais mortos em cada nação durante o período de um ano. Somente em 2015, sete jornalistas foram mortos no Brasil, número que deixa o país empatado com Iêmen e Sudão do Sul, dois estados em guerra. Entre os primeiros países do ranking estão Síria (11 mortos); Iraque e México (10); França, Líbia e Filipinas (8); e Brasil, Iêmen e Sudão do Sul (7).

Argentina - A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) e o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) condenaram o ataque em 11 de dezembro contra o jornalista Sergio Hurtado, diretor e dono da Rádio Luna FM, que denunciava o tráfico de drogas na região da cidade de San Antonio de Areco. Dois homens armados invadiram a casa do jornalista de madrugada e pediram dinheiro. A esposa dele foi estuprada. Os agressores intimidaram Hurtado, e lhe disseram para deixar de falar sobre o comércio de drogas.

Coréia do Sul - O jornalista japonês Tatsuya Kato, do jornal Sankei Shimbun, foi considerado culpado por difamar a presidente da Coreia do Sul, Park Geun-Hye, em uma notícia sobre o paradeiro dela após o naufrágio de um ferryboat com mais de 300 pessoas a bordo. O texto sugeria que a presidente havia desaparecido por algum tempo para um encontro amoroso com um antigo assessor. O tribunal de Seul considerou que a matéria foi baseada em “rumores infundados”.
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A Associação Riograndense de Imprensa (www.ari.org.br) disponibiliza o correio eletrônico imprensalivre@ari.org.br aos profissionais e estudantes da comunicação social para as denúncias envolvendo atentados ao livre exercício da profissão de jornalista.
O programa Conversa de Jornalista, transmitido aos sábados pela Rádio da Universidade AM 1080 Mhz, de Porto Alegre (RS), apresenta a resenha semanal das ocorrências nacionais e internacionais sobre liberdade de imprensa e expressão.
Fontes: ARI (www.ari.org.br), ABI (www.abi.org.br), Fenaj (www.fenaj.org.br), ANJ (www.anj.org.br), Observatório da Imprensa (www.observatoriodaimprensa.com.br), Abert (www.abert.org.br), Abraji (www.abraji.org.br), Portal Imprensa (www.portalimprensa.com.br), Rede em Defesa da Liberdade de Imprensa (www.liberdadedeimprensa.org.br), Portal Coletiva (www.coletiva.net), Consultor Jurídico (www.conjur.com.br), Sociedade Interamericana de Imprensa (Miami), Federação Internacional deJornalistas (www.ifj.org) (Bruxelas), Sindicato dos Jornalistas de Portugal (www.jornalistas.eu)(Lisboa), ONG Repórteres Sem Fronteiras (www.rsf.org) (Paris), Portal Comunique-se (portal.comunique-se.com.br), Comitê de Proteção aos Jornalistas (Nova Iorque), Centro Knight para o Jornalismo nas Américas (knightcenter.utexas.edu), ONG Campanha Emblema de Imprensa (PEC), Freedom House (www.freedomhouse.org), Associação Mundial de Jornais (www.wan-ifra.org), Fórum Mundial dos Editores e outras instituições e entidades de defesa do livre exercício da profissão de jornalista.
Pesquisa e edição de Vilson Antonio Romero

domingo, 13 de dezembro de 2015

BOLETIM 47 ANO X

A LIBERDADE DE IMPRENSA NO BRASIL E NO MUNDO
Notas do Brasil
Brasília (DF) – O jornalista Mino Pedrosa foi condenado a indenizar em R$ 40 mil uma procuradora do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas do DF por transcrever em seu site uma conversa gravada sem autorização judicial. A 3ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do DF sentenciou que a veiculação de áudios de interceptações telefônicas ilegais que expõem a vida privada de uma pessoa constitui dano moral e gera o dever indenizar.

São Paulo (SP) – A equipe do programa Pânico na Band, da rede Bandeirantes, foi banida da cobertura do evento Comic Con Experience (CCXP), convenção dirigida aos aficcionados de games, cinema, séries de TV e quadrinhos. A organização do encontro repudiou a cobertura desrespeitosa e, em nota, diz que viu com “tristeza e um sentimento de desgosto” a maneira como o programa se revelou “incapaz de lidar com o diferente”.

Vilhena (RO) – A editora Ellen Donadon Lucena, do site Notícias RO, foi agredida na madrugada de 6 de dezembro. Lucena atribui o ataque a uma matéria sobre uma loja que “estaria fazendo apologia ao uso de drogas”.  A jornalista registrou um boletim de ocorrência e realizou exame de corpo de delito. Em nota, a Associação Rondoniense de Jornais Eletrônicos (Arjore) repudiou o ato violento contra a jornalista.

Pelo mundo
Noruega - O jornal Aftenposten, o segundo mais vendido do país, pediu desculpas aos leitores após publicar, por engano, um obituário do Papai Noel.  O anúncio fazia alusão à morte do “querido Papai Noel, nascido em 12 de dezembro de 1788”. O personagem fictício teria morrido em 3 de dezembro, em Nordkapp, ao norte do país. O Aftenposten alegou que a veiculação do obituário foi provocada por uma falha em seus procedimentos internos e prometeu “investigar” o ocorrido.

Turquia - O ministério das Relações Exteriores russo condenou a decisão turca de deter e deportar jornalistas do canal Rossiya 1, um dos principais do país. Os profissionais foram levados para uma delegacia local, onde souberam que seriam deportados por “violação das regras de atividade de jornalistas estrangeiros na Turquia”.

França - A revista Closer está sendo processada pelo jogador Franck Ribéry, da seleção francesa de futebol, por uma matéria publicada em novembro na qual o menciona como envolvido com prostitutas. Em 2009, ele já havia sido acusado de ter mantido relações sexuais com uma menor de idade – acusação da qual foi absolvido em janeiro deste ano. Em sua defesa, o veículo afirmou que a acusação foi feita com base em informações oficiais da polícia.

EUA - O jornal Palm Beach Post recebeu ordem judicial para retirar de seu site transcrições de conversas telefônicas com um preso que obtinha confissões de outros detentos para repassá-las a promotores e investigadores da polícia. As transcrições eram repassadas ao jornal através da Defensoria Pública do Condado, que considerava público os registros das entrevistas - fato que permite a um veículo de imprensa divulgar as informações do caso. Em troca, o preso Frederick Cobia recebia uma cela específica com TV de tela plana, banheiro privado e saídas para jantar. Em sua decisão, o magistrado registrou que o preso teria “direito à privacidade, mesmo que esteja atrás das grades”.

Egito - O jornalista Mohamed Saad Khattab, do jornal Sout Al-Omma, foi condenado a dois anos de prisão por insultar dois integrantes do Clube de Juízes, principal associação da magistratura. O editor-chefe da publicação, Abdel Halim Qandil, foi multado no equivalente a mais de US$ 2,5 mil. O processo teve início após os jornalistas divulgarem uma reportagem em que denunciavam práticas de suborno de empresas contratadas pelo Clube de Juízes para a construção de um conjunto habitacional.
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A Associação Riograndense de Imprensa (www.ari.org.br) disponibiliza o correio eletrônico imprensalivre@ari.org.br aos profissionais e estudantes da comunicação social para as denúncias envolvendo atentados ao livre exercício da profissão de jornalista.
O programa Conversa de Jornalista, transmitido aos sábados pela Rádio da Universidade AM 1080 Mhz, de Porto Alegre (RS), apresenta a resenha semanal das ocorrências nacionais e internacionais sobre liberdade de imprensa e expressão.
Fontes: ARI (www.ari.org.br), ABI (www.abi.org.br), Fenaj (www.fenaj.org.br), ANJ (www.anj.org.br), Observatório da Imprensa (www.observatoriodaimprensa.com.br), Abert (www.abert.org.br), Abraji (www.abraji.org.br), Portal Imprensa (www.portalimprensa.com.br), Rede em Defesa da Liberdade de Imprensa (www.liberdadedeimprensa.org.br), Portal Coletiva (www.coletiva.net), Consultor Jurídico (www.conjur.com.br), Sociedade Interamericana de Imprensa (Miami), Federação Internacional de Jornalistas (www.ifj.org) (Bruxelas), Sindicato dos Jornalistas de Portugal (www.jornalistas.eu)(Lisboa), ONG Repórteres Sem Fronteiras (www.rsf.org) (Paris), Portal Comunique-se (portal.comunique-se.com.br), Comitê de Proteção aos Jornalistas (Nova Iorque), Centro Knight para o Jornalismo nas Américas (knightcenter.utexas.edu), ONG Campanha Emblema de Imprensa (PEC), Freedom House (www.freedomhouse.org), Associação Mundial de Jornais (www.wan-ifra.org), Fórum Mundial dos Editores e outras instituições e entidades de defesa do livre exercício da profissão de jornalista.

Pesquisa e edição de Vilson Antonio Romero

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

BOLETIM 46 ANO X

A LIBERDADE DE IMPRENSA NO BRASIL E NO MUNDO
Notas do Brasil
Brasília (DF) I - A jornalista Joice Hasselmann, demitida pela revista Veja, revelou que a direção da publicação começou a receber “pressões” por seus comentários na TVeja, especialmente após afirmar que o ex-presidente Lula e sua sucessora, Dilma Rousseff, “roubaram a esperança” do país. A ex-apresentadora diz em vídeo publicado pelo “Canal da Direita” que houve um incômodo por ela também ter dito que Lula era um “câncer”. “Isso incomodou tanto que os telefonemas começaram a ser cada vez maiores, com mais pressão”, explicou. Joice afirmou ainda ter ouvido de diretores de “altíssimo clero” que “empresários começaram a ligar”. “Numa sexta-feira à noite recebi a notícia de que meu contrato seria rompido imediatamente”, relatou.

Brasília (DF) II - A revista CartaCapital e o jornalista Leandro Fortes foram condenados pela 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) a indenizar em R$ 90 mil o Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP) por uma reportagem considerada ofensiva. A matéria informava que o IDP mantinha contratos com órgãos públicos assinados por meio de dispensa de licitação. O texto diz que eles foram obtidos pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sócio da escola, e por outros professores por meio de tráfico de influência. Para o ministro relator no STJ, houve abuso do direito de criticar, uma vez que o jornalista e a CartaCapital “agrediram a honra objetiva do IDP, ultrapassando nitidamente o limite razoável da liberdade de se expressar e criticar”

São Paulo (SP) I - O historiador e comentarista político Marco Antonio Villa responde por queixa-crime proposta pelo ex-presidente Lula por calúnia, injúria e difamação. Os advogados de Lula afirmam que o profissional da TV Cultura e da Jovem Pan fez “afirmações caluniosas” durante o programa Jornal da Cultura - 2ª Edição, veiculado em 20 de julho. Villa teria dito que o ex-presidente “mente”, que é “culpado de tráfico de influência internacional”, além de “réu oculto do mensalão”, “chefe do petrolão”, “chefe da quadrilha” e que teria organizado “esquemas de corrupção”. Em audiência de conciliação realizada em 19 de novembro, as partes não chegaram a nenhum acordo e a queixa foi aceita pela 30ª Vara Criminal de SP.

São Paulo (SP) II - A roteirista Tati Tavares e o editor de imagem Raul Nerici foram detidos na noite de 1º. de dezembro quando filmavam a ação da Polícia Militar (PM) para dispersar uma manifestação de estudantes na região central da cidade. Em razão disso, os profissionais “foram agredidos e levados presos pela PM”, revela uma testemunha. Depois de permanecerem algum tempo dentro da viatura defronte uma delegacia, foram liberados no início da madrugada.

Rio de Janeiro (RJ) - O repórter e apresentador Daniel Penna-Firme, do canal SBT RJ, foi agredido verbal e fisicamente em 2 de dezembro enquanto cobria a ocupação do Campus da Universidade do Estado do RJ (UERJ) no Maracanã, onde estudantes reivindicam o pagamento de bolsas atrasadas aos cotistas e o salário dos funcionários. A agressão partiu de um aluno não identificado quando Daniel transmitia ao vivo para a emissora.

Goiânia (GO) - O Ginásio Goiânia Arena passou a ser denominado “Ginásio Valério Luiz de Oliveira”, em homenagem ao radialista e jornalista esportivo Valério Luiz, assassinado a tiros em 5 de julho de 2012. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado e partiu da iniciativa do deputado estadual Major Araújo (PRP). A investigação concluiu que o profissional foi morto por sua atuação profissional no “Jornal de Debates”, na Rádio Jornal, e no “Mais Esporte”, na PUC-TV, pois fazia duras críticas à diretoria do Atlético-GO.

Pelo mundo
Somália - A jornalista Hindiyo Haji Mohamed, da emissora SNTV, foi morta após a explosão de um artefato no carro que dirigia em 3 de dezembro na capital Mogadíscio. Diversas organizações de defesa da liberdade de imprensa classificam a Somália entre os países mais perigosos para os jornalistas. No ano passado, a região ficou em 8º lugar no ranking da ONG Press Emblem Campaign.

Turquia - Uma equipe de reportagem do canal RT, da Espanha, foi atacada com gás lacrimogênio pela polícia enquanto cobria uma manifestação na cidade de Diyarbakir, a sudoeste do país, em 30 de novembro.  Os repórteres, que cobriam o protesto mobilizado por cidadãos curdos contra o assassinato do advogado Tahir Elci – famoso no país por suas críticas ao governo –, foram atingidos enquanto tentavam filmar um confronto entre a polícia e manifestantes curdos no centro da cidade, onde o jurista teria sido morto.

Egito - O jornalista Ismail Alexandrani foi preso, acusado pelo governo do país de “divulgar notícias falsas”. Alexandrani foi interrogado por oito horas pelo Ministério Público logo após regressar ao país vindo da Alemanha. Depois do interrogatório, foi preso sob quinze acusações, entre elas a divulgação de notícias falsas e campanha contra o governo.

Israel - O exército fechou em 29 de novembro a emissora palestina conhecida como “A Rádio dos Sonhos”, que transmitia da cidade de Hebron, um dos epicentros da atual onda de violência na região. As autoridades alegaram que a rádio incitava a violência e determinaram o cancelamento de sua atividade por seis meses. O diretor da rádio, Talab Al Jabari, informou que diversos soldados invadiram as instalações depois de explodir as portas com explosivos. Eles também levaram os transmissores e outros equipamentos de radiofusão.
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A Associação Riograndense de Imprensa (www.ari.org.br) disponibiliza o correio eletrônico imprensalivre@ari.org.br aos profissionais e estudantes da comunicação social para as denúncias envolvendo atentados ao livre exercício da profissão de jornalista.
O programa Conversa de Jornalista, transmitido aos sábados pela Rádio da Universidade AM 1080 Mhz, de Porto Alegre (RS), apresenta a resenha semanal das ocorrências nacionais e internacionais sobre liberdade de imprensa e expressão.
Fontes: ARI (www.ari.org.br), ABI (www.abi.org.br), Fenaj (www.fenaj.org.br), ANJ (www.anj.org.br), Observatório da Imprensa (www.observatoriodaimprensa.com.br), Abert (www.abert.org.br), Abraji (www.abraji.org.br), Portal Imprensa (www.portalimprensa.com.br), Rede em Defesa da Liberdade de Imprensa (www.liberdadedeimprensa.org.br), Portal Coletiva (www.coletiva.net), Consultor Jurídico (www.conjur.com.br), Sociedade Interamericana de Imprensa (Miami), Federação Internacional deJornalistas (www.ifj.org) (Bruxelas), Sindicato dos Jornalistas de Portugal (www.jornalistas.eu)(Lisboa), ONG Repórteres Sem Fronteiras (www.rsf.org) (Paris), Portal Comunique-se (portal.comunique-se.com.br), Comitê de Proteção aos Jornalistas (Nova Iorque), Centro Knight para o Jornalismo nas Américas (knightcenter.utexas.edu), ONG Campanha Emblema de Imprensa (PEC), Freedom House (www.freedomhouse.org), Associação Mundial de Jornais (www.wan-ifra.org), Fórum Mundial dos Editores e outras instituições e entidades de defesa do livre exercício da profissão de jornalista.

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