segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

BOLETIM 7 ANO X

A LIBERDADE DE IMPRENSA NO BRASIL E NO MUNDO
Notas do Brasil
Rio de Janeiro (RJ) - A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) anunciou em 12 de fevereiro uma parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) para a comemoração conjunta do Dia Mundial da Liberdade de Expressão, em 3 de maio. Um evento especial será realizado na sede da entidade brasileira buscando dar uma dimensão internacional à iniciativa.
Brasília (DF) – A revista CartaCapital e o ex-repórter da revista Leandro Fortes devem indenizar em R$ 35 mil por danos morais Eumano Silva, diretor da sucursal em Brasília (DF) da revista IstoÉ. A decisão do juiz Matheus Zuliani, da 1ª Vara Civil, se baseou em reportagem publicada na revista CartaCapital em que Eumano é citado como integrante da quadrilha do bicheiro Carlinhos Cachoeira. No texto, Silva é acusado de ser encarregado de “ plantar”  na mídia informações que beneficiariam as empresas das quais Cachoeira é sócio.
Santa Inês (MA) - O vereador Franklin Seba discutiu com um jornalista e quebrou a câmera de um cinegrafista durante debate em 20 de fevereiro na Câmara Municipal da cidade a 251 quilômetros da capital São Luís, sobre a violência na cidade. A confusão ocorreu após o discurso de Seba contra o apresentador de um programa local. Após discutirem com o jornalista, o vereador agrediu o cinegrafista da TV Remanso, que não integra a emissora do profissional com quem brigou. O cinegrafista registrou boletim de ocorrência na 1ª Delegacia.
Goiânia (GO) - A sede do jornal Diário da Manhã foi invadida e um carro da TV Serra Dourada foi destruído por manifestantes que protestavam contra o aumento da tarifa de ônibus na cidade, em 20 de fevereiro. A Tropa de Choque da Polícia Militar revidou os ataques dos manifestantes com bombas de efeito moral e gás de pimenta para dispersar o grupo. Somente um envolvido foi preso.

Pelo mundo
França - O Brasil ficou na 99ª posição no ranking de liberdade de imprensa divulgado em 12 de fevereiro pela ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF), com a análise das condições de trabalho para a imprensa em 180 países. A colocação representa um ganho de 12 posições em relação à 111ª posição que o país ocupou no ranking de 2013. No relatório apresentado, a RSF comenta que o Brasil perdeu o título de país mais mortífero do Ocidente para jornalistas, assumido atualmente pelo México, que ocupa a 148ª posição no ranking geral de liberdade de imprensa. Na América do Sul, o país mais bem localizado no ranking da liberdade de imprensa é o Uruguai, na 23ª posição. Depois, antes do Brasil, aparecem Suriname (29ª), Chile (43ª), Argentina (57ª), Guiana (62ª), Peru (92ª) e Bolívia (94ª). Depois aparecem Equador (108ª), Paraguai (109ª), Colômbia (128ª) e Venezuela (137ª). De acordo com a RSF, 69 jornalistas foram assassinados em todo o mundo em 2014, dez a menos do que em 2013.
França - A jornalista Zineb el-Rhazoui, da revista Charlie Hebdo, foi ameaçada por jihadistas do grupo radical Estado Islâmico (EI), que pediram nas redes sociais para que os chamados “ lobos solitários”  a “ massacrem” . Os “ lobos solitários”  são indivíduos isolados que, por não terem condições de organizar grandes ataques, agem sozinhos. Zineb, que nasceu em Marrocos, mas possui nacionalidade francesa, colabora para a revista desde 2011. Ela estava de férias quando a publicação foi alvo do ataque que deixou 12 pessoas mortas. Nos últimos dias, a conta no Twitter da jornalista ficou repleta de mensagens do grupo, pedindo para matá-la em “ vingança do Profeta” .
Itália – Os fotógrafos Alessandro Fiochi, do jornal Folha de S.Paulo, e Alexandre Auler, de O Estado de S. Paulo, foram agredidos e insultados em 12 de fevereiro por Andrea Haas, esposa do ex-diretor do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato. Os repórteres aguardavam informações sobre a extradição do banqueiro condenado por envolvimento no mensalão do lado de fora de uma delegacia em Maranello, na Itália.
Argentina - Disparos foram registrados em frente ao estúdio da TV América em 18 de fevereiro, onde o prefeito de Buenos Aires, Mauricio Macri, dava entrevista ao programa “ Animales Sueltos” . A capital argentina foi palco de diversos protestos por conta da morte do promotor Alberto Nisman e os disparos contra a emissora não foram encarados como um atentado. Testemunhas relataram, porém, que um carro popular passou pela porta do estúdio e disparou seis vezes contra os seguranças do prefeito, que já estava no ar. Ninguém ficou ferido e a polícia ainda investiga o caso.
EUA - Um grupo de grandes veículos de comunicação internacionais e organizações de defesa da liberdade de imprensa apresentaram em 12 de fevereiro, em Nova York, uma série de “ normas de segurança para jornalistas freelancers em coberturas perigosas” . A iniciativa é uma resposta aos sequestros e assassinatos ocorridos nos últimos anos. Os signatários são AFP, BBC, Bloomberg, Reuters, Repórteres Sem Fronteiras (RSF), Comitê de Proteção de Jornalistas (CPJ) e o Centro Pulitzer para cobertura informativa de crises. Intitulado como “ Convocação para práticas e princípios de segurança global” , o documento determina sete regras básicas para a imprensa, como treinamento em primeiros socorros e ambientes hostis, seguro médico para zonas de conflito, ou áreas com doenças contagiosas e a utilização de equipamentos de proteção adequados. As normas, apresentadas na sede da Escola de Jornalismo da Universidade de Columbia, em Nova York, surgiram após uma série de diálogos iniciados em setembro do ano passado entre editores dos veículos.
Dinamarca - O caricaturista sueco Lars Vilks decidiu se mudar para um local secreto após ser apontado como suposto alvo dos ataques de Copenhague, na Dinamarca. O tiroteio matou o cineasta dinamarquês Finn Norgaard e deixou três policiais feridos. Vilks vive sob proteção policial após ser ameaçado de assassinato desde que desenhou o profeta Maomé com o corpo de um cachorro.
Inglaterra - A Trinity Mirror, empresa que controla o jornal britânico Daily Mirror, divulgou em 13 de fevereiro um pedido de desculpas formal pelas escutas telefônicas realizadas na última década em pessoas comuns e famosas. O valor da indenização que a empresa deve às vítimas também será aumentado. A Justiça ainda investiga a extensão dos grampos feitos pelo Daily Mirror e já chegou a condenar jornalistas à prisão pelo caso.
Egito - O canadense Mohamed Fahmy e o egípcio Baher Mohamed, jornalistas da rede Al Jazeera, condenados a sete e dez anos de prisão, respectivamente, foram libertados em 13 de fevereiro, um dia após a decisão de um tribunal a favor da liberdade condicional, para que aguardem um novo julgamento. Os repórteres estavam detidos há mais de um ano.
Ucrânia - O serviço de segurança prendeu o jornalista Ruslan Kotsaba sob acusação de traição em 8 de fevereiro. A detenção ocorreu após ele postar um vídeo alertando as pessoas sobre o novo projeto militar do país. Kotsaba trabalha para uma emissora de TV da região e foi mantido sob custódia por 60 dias, período em que o inquérito estará pendente.
China - A jornalista Jiang Yannan, da revista Asiaweek, uma publicação em língua chinesa com sede em Hong Kong, foi presa na China por ir até Zhejiang, conhecida como Jerusalém Oriental, pesquisar sobre o fechamento de igrejas e a demolição de templos e cruzes. A prisão aconteceu no dia 23 de janeiro. Após prestar esclarecimentos, a jornalista foi liberada e deixou a região devido a pressão policial.
Síria - O jornalista sueco Joakim Medin, que havia desaparecido na Síria, foi libertado após ficar detido por uma semana sob o comando das forças governamentais no país. Medin afirmou que foi capturado num posto de controle em al-Qamishli, uma cidade próxima à fronteira turca e de uma zona controlada pelo grupo radical Estado Islâmico (EI). O jornalista, que é freelancer, relatou ter ficado preso em regime de isolamento, mas não foi tratado com hostilidades pelas forças sírias.
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A Associação Riograndense de Imprensa (www.ari.org.br) disponibiliza o correio eletrônico imprensalivre@ari.org.br aos profissionais e estudantes da comunicação social para as denúncias envolvendo atentados ao livre exercício da profissão de jornalista.
O programa Conversa de Jornalista, transmitido aos sábados pela Rádio da Universidade AM 1080 Mhz, de Porto Alegre (RS), apresenta a resenha semanal das ocorrências nacionais e internacionais sobre liberdade de imprensa e expressão.
Fontes: ARI (www.ari.org.br), ABI (www.abi.org.br), Fenaj (www.fenaj.org.br), ANJ (www.anj.org.br), Observatório da Imprensa (www.observatoriodaimprensa.com.br), Abert (www.abert.org.br), Abraji (www.abraji.org.br), Portal Imprensa (www.portalimprensa.com.br), Rede em Defesa da Liberdade de Imprensa (www.liberdadedeimprensa.org.br), Portal Coletiva (www.coletiva.net), Consultor Jurídico (www.conjur.com.br), Sociedade Interamericana de Imprensa (Miami), Federação Internacional de Jornalistas (www.ifj.org) (Bruxelas), Sindicato dos Jornalistas de Portugal (www.jornalistas.eu)(Lisboa), ONG Repórteres Sem Fronteiras (www.rsf.org) (Paris), Portal Comunique-se (portal.comunique-se.com.br), Comitê de Proteção aos Jornalistas (Nova Iorque), Centro Knight para o Jornalismo nas Américas (knightcenter.utexas.edu), ONG Campanha Emblema de Imprensa (PEC), Freedom House (www.freedomhouse.org), Associação Mundial de Jornais (www.wan-ifra.org), Fórum Mundial dos Editores e outras instituições e entidades de defesa do livre exercício da profissão de jornalista.

Pesquisa e edição de Vilson Antonio Romero

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

BOLETIM 6 ANO X

A LIBERDADE DE IMPRENSA NO BRASIL E NO MUNDO

Notas do Brasil
Goiânia (GO) - O jornalista Luiz Henrique Morgantini Santos ingressou no Supremo Tribunal Federal (STF) com o pedido de cassação da sentença que o condenou a indenizar em R$ 10 mil o governador Marconi Perillo (PSDB) pela publicação de um artigo no portal Brasil 247, em maio de 2012. O jornalista argumenta que a condenação da Justiça de GO vai contra o entendimento do STF que declarou inválida a Lei de Imprensa. O texto foi publicado quando Perillo foi acusado de suposto envolvimento com o empresário conhecido como Carlinhos Cachoeira. O juízo da primeira instância concedeu liminar para a retirada do texto. A decisão de mérito acolheu o pedido e condenou o jornalista.
Brasília (DF) - O deputado federal Vicentinho (PT-SP) protocolou o pedido de desarquivamento do projeto de lei de federalização dos crimes contra jornalistas, de autoria do ex-deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP). O projeto foi arquivado após Protógenes não ter sido reeleito. A medida é automática quando os deputados deixam o legislativo federal.
Ribeirão Preto (SP) - O repórter Lucas Bretas, da EPTV, foi impedido de participar da coletiva de imprensa com os jogadores após a partida de futebol entre Comercial e Água Santa, pela Série A2 do Campeonato Paulista, em 4 de fevereiro. A proibição teria partido de diretores do Comercial Futebol Clube que cercaram a equipe de reportagem e questionaram informações passadas antes do jogo começar.
São Paulo (SP) - O jornalista Paulo César de Araújo teve vetada sua participação em entrevista coletiva do cantor e compositor Roberto Carlos em 5 de fevereiro. O cantor moveu um processo contra Araújo em razão da biografia “Roberto Carlos em Detalhes”, de 2006, por considerar que o livro invadia sua privacidade. A obra foi retirada de circulação depois de um acordo entre a editora Planeta e os advogados do artista.

Pelo mundo
Honduras - O jornalista Carlos Fernández, da 27 Caribe TV, foi assassinado a tiros após apresentar um telejornal na emissora, na ilha de Roatán. Fernández foi atingido por três disparos quando se dirigia à residência de outro profissional da emissora. As autoridades não forneceram mais informações sobre o crime.
México I - O jornalista Enrique Juárez Torres, diretor do jornal Mañana de Matamoros, no estado de Tamaulipas, foi sequestrado por três homens em seu escritório em 4 de fevereiro. Após ser espancado pelos captores, ele foi libertado.  À polícia, Torres disse que seu sequestro foi um “aviso” do Cartel do Golfo, em represália às notícias publicadas pelo jornal sobre os recentes confrontos armados no local que deixaram nove mortos.
México II - A jornalista Verónica Rocío Huerta Aburto, do AVC Notícias, Rádio Fórmula, Oliva Rádio e Quadratín, recebeu ameaças de morte através de mensagens de texto. A repórter revelou ao Departamento Especial para Atenção a Delitos cometidos contra a Liberdade de Expressão, de Veracruz que esta é a terceira vez que recebe ameaças por seu trabalho. A mensagem advertiu Verónica Huerta que, após a execução do jornalista Moisés Sánchez, possivelmente encomendada pelo prefeito de Medellín, Omar Cruz Reyes, que ela seria a próxima a ser morta.
Paquistão - O ex-ministro Ghulam Ahmad Bilour prometeu uma recompensa de US$ 200 mil para quem matar o novo diretor da revista francesa Charlie Hebdo, o cartunista Laurent Sourisseau. Bilour é um extremista do Partido Nacional Awami (ANP), uma formação ultraconservadora. Em 2012, ele ofereceu US$ 100 mil dólares de recompensa pela morte dos autores do curta-metragem “A Inocência dos Muçulmanos”, que caçoava do profeta Maomé e foi divulgado no YouTube.
França - A revista Charlie Hebdo superou os 200 mil assinantes contra os 10 mil que possuía antes do atentado de dia 7 de janeiro que resultou em 12 mortos. O diretor do semanário, Eric Portheault, informou que as assinaturas somam cerca de € 14 milhões. Com vendas, assinaturas, doações e ajudas públicas, o veículo pode receber cerca de € 30 milhões. Segundo o diretor, o total de doações, acumuladas em € 2,37 milhões, será entregue aos herdeiros das vítimas.
Israel - O presidente palestino Mahmoud Abbas ordenou a investigação sobre uma charge publicada pelo jornal Al Hayat al Khadida, propriedade da Autoridade Palestina, em 1º. de fevereiro. O ilustrador Mohamed Sabane desenhou um homem usando um coração com bandeirinha enquanto espalha sementes pelo mundo. Atrás dele, há um halo de luz e, acima da imagem, uma inscrição em árabe e em inglês indica “profeta Maomé”.
EUA - A Fox News Network, o apresentador Sean Hannity e a comentarista Michelle Fields estão sendo processados pela atriz Lindsay Lohan e sua mãe, Dina, por difamação. O motivo seria o fato de Michelle dizer durante o programa de Hannity que os Lohan “fazem cocaína” uns com os outros. O comentário foi feito em 4 de fevereiro de 2014, dois dias após o premiado ator Philip Seymour Hoffman morrer de uma overdose de heroína. 
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A Associação Riograndense de Imprensa (www.ari.org.br) disponibiliza o correio eletrônico imprensalivre@ari.org.br aos profissionais e estudantes da comunicação social para as denúncias envolvendo atentados ao livre exercício da profissão de jornalista.
O programa Conversa de Jornalista, transmitido aos sábados pela Rádio da Universidade AM 1080 Mhz, de Porto Alegre (RS), apresenta a resenha semanal das ocorrências nacionais e internacionais sobre liberdade de imprensa e expressão.
Fontes: ARI (www.ari.org.br), ABI (www.abi.org.br), Fenaj (www.fenaj.org.br), ANJ (www.anj.org.br), Observatório da Imprensa (www.observatoriodaimprensa.com.br), Abert (www.abert.org.br), Abraji (www.abraji.org.br), Portal Imprensa (www.portalimprensa.com.br), Rede em Defesa da Liberdade de Imprensa (www.liberdadedeimprensa.org.br), Portal Coletiva (www.coletiva.net), Consultor Jurídico (www.conjur.com.br), Sociedade Interamericana de Imprensa (Miami), Federação Internacional de Jornalistas (www.ifj.org) (Bruxelas), Sindicato dos Jornalistas de Portugal (www.jornalistas.eu)(Lisboa), ONG Repórteres Sem Fronteiras (www.rsf.org) (Paris), Portal Comunique-se (portal.comunique-se.com.br), Comitê de Proteção aos Jornalistas (Nova Iorque), Centro Knight para o Jornalismo nas Américas (knightcenter.utexas.edu), ONG Campanha Emblema de Imprensa (PEC), Freedom House (www.freedomhouse.org), Associação Mundial de Jornais (www.wan-ifra.org), Fórum Mundial dos Editores e outras instituições e entidades de defesa do livre exercício da profissão de jornalista.

Pesquisa e edição de Vilson Antonio Romero

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

BOLETIM 5 ANO X

A LIBERDADE DE IMPRENSA NO BRASIL E NO MUNDO
Notas do Brasil
São Paulo (SP) I - O fotógrafo Gustavo Gerchmann, da Agência Futura Press, foi atacado por um black bloc em 29 de janeiro durante o sexto protesto do Movimento Passe Livre (MPL) contra o aumento na tarifa de transportes na capital paulista. Gerchmann fazia imagens de um grupo de vândalos reunido nas proximidades do Monumento às Bandeiras quando um deles ordenou que os fotógrafos se afastassem. Outro integrante do grupo quebrou o equipamento do profissional com um chute.
São Paulo (SP) II – O repórter Fernando Otto, da TV Estadão, foi atingido por uma bala de borracha disparada por um policial quando filmava ação de manifestantes que depredavam os vidros da estação Faria Lima em 27 de janeiro. O confronto começou após manifestantes bloquearem parte das catracas da estação no fim do protesto contra o aumento da tarifa dos ônibus.
São Paulo (SP) III - O jornalista Paulo Henrique Amorim foi condenado em 28 de janeiro em segunda instância pela Turma Criminal do Colégio Recursal, do Tribunal de Justiça de SP, à pena de um mês e dez dias de prisão, convertida em pena pecuniária, em ação de injúria movida por Merval Pereira, da rede Globo. A ação de Pereira contra Amorim teve início em 2012 quando o apresentador da Rede Record chamou, em seu blog “Conversa Afiada”, o profissional da Globo de “jornalista bandido”.
São Paulo (SP) IV - O colunista Juca Kfouri, do jornal Folha de S.Paulo, também comentarista da ESPN Brasil, foi condenado em 28 de janeiro por injúria a José Maria Marin, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O processo originou-se de uma série de textos que Kfouri escreveu em seu blog, hospedado no Uol, que falam do envolvimento de Marin com o “caso Herzog”, com o torturador Sérgio Fleury, com a medalha embolsada na final da Taça São Paulo em 2011, com o desvio de energia elétrica em sua residência e com a apropriação de um terreno público.
Palhoça (SC) - O cinegrafista Gregori Flauzino, da RBS TV, foi ameaçado em 27 de janeiro por policiais civis durante a reconstituição da morte do surfista Ricardinho, na Guarda do Embaú. Flauzino filmava uma trilha próxima à cena do crime, fora da área de isolamento determinada pela polícia, quando foi abordado por três integrantes do Central de Operações Policiais (COP) que ameaçaram prendê-lo e apreender o equipamento de filmagem caso o cinegrafista não apagasse as imagens. Após deletar o conteúdo, ele foi afastado do local.

Pelo mundo
Siria - O jornalista japonês Kenji Goto foi decapitado pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI) conforme vídeo divulgado pelos extremistas em 31 de janeiro. Nas imagens de cerca de um minuto, um carrasco do grupo afirma que a decapitação se deve à participação do Japão na coalizão internacional contra o EI no Iraque e na Síria. Há alguns dias, coincidindo com a viagem do primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, ao Oriente Médio, o EI divulgou um primeiro vídeo no qual exigia que Tóquio pagasse US$ 200 milhões para não assassinar Goto, capturado em outubro, e outro cidadão japonês, Haruna Yukawa, que foi executado em 24 de janeiro.
México I - A sede do jornal El Heraldo de Córdoba, em Veracruz, foi atacada na manhã de 29 de janeiro por uma bomba de coquetel molotov. Embora tenha havido estragos, ninguém ficou ferido. A polícia local investiga o ataque.
México II - O procurador-geral do estado de Veracruz, Luis Ángel Bravo, pediu o impeachment do prefeito de Medellín, Omar Cruz Reyes, por sua suposta responsabilidade como mandante do sequestro e assassinato do jornalista José Moisés Sánchez Cerezo, editor e dono do jornal La Unión. Bravo disse em 26 de janeiro que o ex-policial Clemente Martínez foi detido como participante no crime, sob ordem de Martín Meneses, vice-diretor da polícia municipal de Medellín. Ele era motorista e segurança particular de Reyes. O procurador-geral afirmou que vai investigar a responsabilidade do prefeito no crime. Cerezo foi morto em 2 de janeiro e seu corpo foi encontrado enrolado num saco plástico em 25 de janeiro após a confissão de um ex-policial detido durante as investigações.
Índia - Shirin Dalvi, diretora do jornal Avadhnama, de Mumbai, foi presa em 29 de janeiro por ter publicado em uma de suas edições desenhos da revista francesa Charlie Hebdo. O código penal indiano considera delito atos que “ultrajam os sentimentos religiosos”, tanto por meio de palavras como de “representações visíveis”. Shirin Dalvi foi libertada mediante fiança, após ter comparecido em um tribunal na cidade de Mumbra.
Turquia - A jornalista Mine Bekiroglu está sendo acusada de insultar o primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan, no Facebook durante os protestos antigovernamentais em defesa do Parque Gezi em 2013. Bekiroglu foi detida em 5 de fevereiro de 2014. A acusação envolve “insultar um oficial público por meio de uma comunicação na internet”. A jornalista afirmou que seus comentários não continham insultos, apenas uma crítica.
Egito - O jornalista australiano Peter Greste, do canal Al-Jazeera, embarcou em 1º. de fevereiro em um voo com destino ao Chipre depois de ter sido expulso do Egito. Ele estava detido desde dezembro de 2013 e havia sido condenado a sete anos de prisão por ter divulgado “informações falsas” e apoiado a Irmandade Muçulmana do presidente destituído Mohamed Mursi.
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A Associação Riograndense de Imprensa (www.ari.org.br) disponibiliza o correio eletrônico imprensalivre@ari.org.br aos profissionais e estudantes da comunicação social para as denúncias envolvendo atentados ao livre exercício da profissão de jornalista.
O programa Conversa de Jornalista, transmitido aos sábados pela Rádio da Universidade AM 1080 Mhz, de Porto Alegre (RS), apresenta a resenha semanal das ocorrências nacionais e internacionais sobre liberdade de imprensa e expressão.
Fontes: ARI (www.ari.org.br), ABI (www.abi.org.br), Fenaj (www.fenaj.org.br), ANJ (www.anj.org.br), Observatório da Imprensa (www.observatoriodaimprensa.com.br), Abert (www.abert.org.br), Abraji (www.abraji.org.br), Portal Imprensa (www.portalimprensa.com.br), Rede em Defesa da Liberdade de Imprensa (www.liberdadedeimprensa.org.br), Portal Coletiva (www.coletiva.net), Consultor Jurídico (www.conjur.com.br), Sociedade Interamericana de Imprensa (Miami), Federação Internacional de Jornalistas (www.ifj.org) (Bruxelas), Sindicato dos Jornalistas de Portugal (www.jornalistas.eu)(Lisboa), ONG Repórteres Sem Fronteiras (www.rsf.org) (Paris), Portal Comunique-se (portal.comunique-se.com.br), Comitê de Proteção aos Jornalistas (Nova Iorque), Centro Knight para o Jornalismo nas Américas (knightcenter.utexas.edu), ONG Campanha Emblema de Imprensa (PEC), Freedom House (www.freedomhouse.org), Associação Mundial de Jornais (www.wan-ifra.org), Fórum Mundial dos Editores e outras instituições e entidades de defesa do livre exercício da profissão de jornalista.

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