A LIBERDADE DE IMPRENSA NO BRASIL E NO MUNDO
Destaques: Jornalistas sofrem ataques e ameaças em diversos estados. Justiça derruba censura ao Estadão e GGN. ABI lança Observatório da Liberdade de Imprensa e Democracia. Comunicadores perdem a vida no Haiti e Paraguai. Rússia fecha jornal do ganhador do Nobel da Paz de 2021.
NOTAS DO BRASIL
São Paulo (SP) I – A apresentadora Maria Fernanda Passos,
da TV Diário do Centro do Mundo (DCMTV), recebeu, na madrugada de 14 de
setembro, mensagem de áudio pelo Instagram com ameaça de morte e estupro. Maria
Fernanda vem sendo atacada sistematicamente nas redes desde que fez comentários
sobre o 7 de Setembro, mas esta foi a primeira ameaça de estupro e morte. A
jornalista lavrou um boletim de ocorrência.
São Paulo (SP) II - A jornalista Vera Magalhães,
colunista do jornal O Globo, comentarista da rádio CBN e apresentadora do
programa Roda Viva, da TV Cultura, foi atacada verbalmente pelo deputado
estadual Douglas Garcia (Republicanos-SP), durante o debate entre candidatos ao
governo de SP, na noite de 14 de setembro. Vera estava na área reservada
para jornalistas quando foi abordada por Garcia. Com o celular em punho, ele se
aproximou, dizendo que ela é “uma vergonha para o jornalismo” e a intimidando.
A frase é a mesma usada pelo presidente da República contra Vera durante o
debate da Band entre candidatos à Presidência. A profissional recebeu a
solidariedade de colegas e entidades de classe.
São Paulo (SP) III - A apresentadora Gabriela Prioli, do
programa “O Grande Debate”, da CNN Brasil, sofre ameaças desde que o presidente
da República (PL) publicou um comentário fazendo piada de uma entrevista dada
por ela à Revista Veja. Na publicação, Prioli citou os motivos para não
receber o presidente em seu programa. Com isso, ele afirmou: “Tabajara Futebol
Clube diz porque não quer Neymar em seu time”. Depois disso, ela começou a
receber centenas de ameaças em suas redes sociais. Em seu canal do Youtube,
Gabriela realiza diversas análises sobre o cenário político brasileiro e critica
o governo.
Brasília (DF) I – O jornal GGN se livrou da censura em 11
reportagens sobre ligações do banco BTG Pactual com licitações em SP, manobras
no Coaf, capitalização da aposentadoria no Chile, entre outros temas que o
banco conseguiu remover da internet em agosto de 2020. O Supremo Tribunal
Federal (STF) rejeitou, em caráter definitivo, os recursos apresentados pelo
BTG contra a decisão da 32ª Vara Cível do RJ que mantinha a exclusão das matérias.
O banco entrou na Justiça contra matérias assinadas pelos jornalistas Luis
Nassif e Patricia Faermann, alegando que o material excedia a liberdade de
expressão e de imprensa, causando supostos “danos à imagem” da instituição
financeira e prejuízos aos acionistas.
Rio de Janeiro (RJ) I - O jornalista Leo Dias, a
apresentadora Antonia Fontenelle e a youtuber Adriana Kappaz, conhecida como
Dri Paz, são alvos de queixa-crime por difamação, calúnia e injúria, movida
pela atriz Klara Castanho. A atriz alega que o jornalista, a apresentadora
e a youtuber teriam inventado mentiras sobre sua gravidez, além de terem
espalhado, também, a informação pela internet. Em junho, a jovem atriz se viu
obrigada a revelar ter sofrido um estupro, através de uma carta aberta. Ela
também contou que engravidou e decidiu dar o bebê para adoção. O fato veio à
tona após uma sequência de especulações circularem na mídia. Klara afirmou que se sentiu humilhada com a
divulgação de seu estupro.
Rio de Janeiro (RJ) II – A repórter Jessica Dias, da ESPN
- RJ, foi assediada em 7 de setembro, enquanto fazia a cobertura dos arredores
do estádio do Maracanã antes do jogo de futebol entre Flamengo e Vélez
Sarsfield, da Argentina, pela semifinal da Libertadores. Durante uma transmissão
ao vivo, torcedores do Flamengo estavam ao fundo cantando músicas da
arquibancada quando, de repente, um deles lhe deu um beijo. Ele deixou o quadro
da imagem logo depois, enquanto a jornalista ficou, nitidamente, desconfortável
com a situação. A profissional e o torcedor foram encaminhados ao Juizado
Especial Criminal localizado no estádio para prestar depoimento.
São Paulo (SP) IV – A jornalista Amanda Klein, da rádio
Jovem Pan, foi atacada pelo presidente da República (PL) durante entrevista em
6 de setembro. Ao ser questionado sobre a compra de imóveis em dinheiro
vivo por ele e seus familiares, ele citou a vida pessoal da apresentadora,
mencionando seu marido como eleitor dele.
São Paulo (SP) V – O jornalista Julián Fuks, escritor e
crítico literário, e sua família sofreram ameaças de morte após a publicação no
portal Uol em 27 de setembro de sua crônica “Precisa-se de terrorista, capaz de
um ato sutil que transforme a história”. No texto, o escritor critica a
postura do governo federal diante do coração de Dom Pedro I - tratado com
pompas de um chefe de Estado nas comemorações pelo bicentenário da
Independência. Filhos do presidente da República, Flávio e Carlos Bolsonaro,
além de Mario Frias, ex-secretário especial da Cultura, comentaram o texto em
suas redes sociais. A questão também foi abordada em mesa de comentaristas da
Jovem Pan News e em sites apoiadores do governo.
Brasília (DF) II – O jornal O Estado de S.Paulo se livrou
de censura imposta pelo Tribunal de Justiça do RS (TJ-RS), por veicular
reportagem sobre um clube de tiro. O jornal havia publicado que uma escola
de tiro teria firmado contrato de mútuo junto ao BNDES e posteriormente
alterado seu objeto social, antes da quitação do contrato, para nele inserir a
atividade econômica de “comércio varejista de armas e munições”, o que, segundo
a reportagem, implicaria em burla às normas do banco de fomento. A empresa ajuizou
ação pedindo a retirada da matéria, tendo obtido tutela antecipada. O ministro
Luiz Fux, do STF, suspendeu liminarmente a censura.
São Paulo (SP) VI – O jornalista Leandro Demori,
ex-editor executivo do The Intercept Brasil, atualmente com um canal no YouTube
que leva seu nome, anuncia que deixou o Brasil devido às ameaças que vinha
sofrendo nos últimos tempos. Pelo Twitter afirmou que virou uma figura
visada, o que não era o seu objetivo, mas que pretende voltar. Após coordenar e
publicar no Intercept, em 2020, a série de reportagens sobre os arquivos da
Vaza Jato, Leandro sofreu uma série de ameaças e a ONU recomendou ao governo
brasileiro que oferecesse a ele medidas protetivas, o que não aconteceu. Em
junho de 2021, Demori virou alvo de investigação pela publicação de uma
reportagem que denuncia a atuação da Core, grupo da Polícia Civil do RJ, na
favela do Jacarezinho e, à época, o The Intercept Brasil afirmou tratar-se de
uma inversão de prioridades éticas e funcionais. De acordo com Leandro, sua
saída do Brasil deu-se por decisão familiar. Em janeiro deste ano, ele, a
esposa e o filho de apenas três anos saíam de uma mercearia em Balneário
Camboriú (SC) quando um homem os seguiu, aproximou-se e disse “se liga que a
vida do teu filho depende de ti”. Logo em seguida, deu a volta e entrou em
outra rua.
Porto Alegre (RS) – O jornalista Davy Albuquerque da
Fonseca, do portal Conexão Política, foi condenado a indenizar em R$ 10 mil o desembargador
Rogério Favreto por ter divulgado o número de telefone do magistrado o que
originou uma série de ofensas a ele dirigidas. Em 2018, após Favreto dar
provimento a “habeas corpus” em favor do ex-presidente Lula da Silva, o
jornalista divulgou o fone do magistrado em seu perfil no Twitter. A juíza
Ketlin Casagrande, da 12ª Vara Cível, afirmou: “ao se analisar se o evento
danoso relatado na inicial, se as ameaças e ofensas dirigidas ao demandante,
decorreram, ainda que em parte, da conduta do requerido, tem-se que a resposta
é positiva, a impor a responsabilização do demandado”.
São Paulo (SP) VII - A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP)
foi obrigada a remover duas publicações feitas em seu Twitter sobre a
jornalista Vera Magalhães. O juiz Paulo Rogério Pinheiro, da 43ª Vara Cível
do Foro Central, também proibiu a parlamentar de veicular novas ofensas e
informações falsas sobre a jornalista. A ação foi ajuizada após a deputada
reproduzir nas redes sociais a fala do presidente da República de que Vera
nutriria uma “paixão” por ele, sendo uma “vergonha para o jornalismo brasileiro”.
Além disso, Carla Zambelli, resgatando um antigo vídeo, também afirmou em
postagens que Vera “ri” e “debocha” de um abuso sexual sofrido pela ex-ministra
Damares Alves, sugerindo que a jornalista teria agido como “sexista, machista,
cristofóbica e, de forma indireta, apoiando estupro e pedofilia”.
Sorocaba (SP) - O jornalista José Reiner Fernandes, do
jornal Integração, foi absolvido em uma queixa-crime movida pelo deputado
federal Guiga Peixoto (PSC-SP). A juíza Margarete Sacristan, da Justiça
Federal, acolheu parecer do Ministério Público Federal para absolvê-lo. O
parlamentar questionou um editorial do jornal, publicado em 2020, com o título “Um
engodo chamado Guiga”, que o acusou de crimes de peculato por meio de um esquema
de “rachadinhas”.
São Paulo (SP) VIII - Entidades jornalísticas e
organizações que defendem a liberdade de imprensa e os direitos humanos, entre
elas a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), realizaram, em 27 de
setembro, um ato em defesa das e dos profissionais de imprensa e da Democracia,
na Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP). “Estamos reunidos aqui hoje
porque o jornalismo e a própria democracia estão sob forte ataque nos últimos
anos. E essa gravíssima situação chegou agora ao ápice. Estamos aqui juntos
para dizer que basta!”, afirmou Paulo Zocchi, vice-presidente da FENAJ, que
discursou em nome das 16 entidades parceiras no evento. O ato público foi
organizado pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais (SJSP), Fenaj,
Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Abraji, Associação de Jornalismo
Digital (Ajor), Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), ONG Repórteres
sem Fronteiras (RSF), Instituto Vladimir Herzog, Associação Profissão
Jornalista (ApJor), Barão de Itararé, Intervozes, Fotógrafas e Fotógrafos Pela
Democracia, Associação Paulista dos Jornalistas Veteranos, Centro Acadêmico
Vladimir Herzog e Centro Acadêmico Benevides Paixão.
Brasília (DF) III - O ministro André Mendonça, do Supremo
Tribunal Federal (STF), liberou em 23 de setembro as reportagens do portal Uol
que revelavam que a família do presidente da República teria comprado 51
imóveis com dinheiro vivo. A decisão derruba a exigência do desembargador
Demetrius Cavalcanti, do Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios (TJ-DFT),
de que o conteúdo fosse retirado do ar. O magistrado havia atendido a um pedido
interposto pela defesa do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). As duas reportagens
em questão, produzidas pelos repórteres Juliana Dal Piva e Thiago Herdy, foram
publicadas em 30 de agosto (Metade do patrimônio do clã Bolsonaro foi comprada
em dinheiro vivo) e 9 de setembro (Clã Bolsonaro: as evidências de dinheiro
vivo em cada um dos 51 imóveis). O Uol revelou que, dos 107 imóveis adquiridos
pelo mandatário, seus filhos, ex-mulheres e irmãos, desde os anos 1990, em 51
deles as aquisições foram feitas total ou parcialmente com o pagamento em
dinheiro em espécie.
Curitiba (PR) – Os profissionais Eleandro Passaia e
Vellinho Pinto, da Rede Massa, foram denunciados pelo Ministério Público por
terem publicado, em 2018, uma foto em que a empresária Cristiana Brittes, que
responde em liberdade por suposto envolvimento no assassinato do ex-jogador
Daniel Corrêa, aparece nua em cima de uma moto. As imagens foram exibidas
no programa “Tribuna da Massa”, associando a fotografia de nudez à pessoa da
vítima, sem a autorização dela, tratando-se de crime de importunação sexual e
de crime contra mulher. Á época da exibição da imagem, Eleandro era
apresentador do programa e Vellinho Pinto, editor-chefe.
Brasília (DF) IV – A Federação Nacional dos Jornalistas
(Fenaj) encaminhou aos presidenciáveis, no início de setembro, o documento
intitulado “Oito Pautas Prioritárias dos Jornalistas Brasileiros”. No
texto, discrimina as principais demandas aprovadas nos últimos congressos
nacionais da entidade, além de propostas históricas da categoria. A entidade
reivindica, entre outros temas, o compromisso com as bandeiras da
democratização das comunicações e com a defesa do Jornalismo como bem público essencial
à democracia, e dos jornalistas como categoria profissional responsável pela
efetivação do direito da sociedade à informação.
São Paulo (SP) IX - A Rede Nacional de Proteção de
Jornalistas e Comunicadores, integrada pelo Instituto Vladimir Herzog, ONGs
Artigo 19 e Repórteres sem Fronteiras (RSF) e o coletivo Intervozes, lançou o “Guia
para fortalecimento da proteção integral em redações e coletivos de comunicação
comunitária”. O documento traz análises e sugestões de práticas a serem
adotadas por jornalistas e comunicadores para otimizarem a segurança de suas
atividades jornalísticas. O guia aborda temas como: princípios de proteção
integral; avaliação de risco e estratégia de segurança; contexto de vigilância
contra ativistas e comunicadores no Brasil; estratégias para a não
vulnerabilização de fontes e armazenamento de informações sensíveis; proteção
jurídica e recursos de apoio e proteção.
Rio de Janeiro (RJ) III - A Associação Brasileira de
Imprensa (ABI) lançou em setembro o Observatório Liberdade de Imprensa e
Democracia (LID) onde disponibiliza o e-mail abi.observatorio@gmail.com para as
denúncias de cerceamento à atuação profissional de jornalistas. Os
profissionais podem também informar se pretendem ter atendimento ou
assessoramento jurídico, fornecido pela própria ABI ou por seus parceiros. A
ABI também irá divulgar anualmente um Relatório do Observatório LID constando o
levantamento das denúncias recebidas para a concretização de dados de violência
contra jornalistas no Brasil.
PELO MUNDO
Haiti I - Os jornalistas Frantzsen Charles, da FS News, e
Tayson Lartigue, de Tijèn Jounalis, foram baleados e tiveram seus corpos
queimados por integrantes de gangues. Ambos foram capturados em 11 de
setembro, quando faziam uma reportagem no conflagrado distrito de Cité Soleil, em
Porto Príncipe, junto com outros cinco profissionais de imprensa. Os demais
conseguiram escapar dos criminosos. Segundo a Associação de Jornalistas
Independentes do Haiti, eles investigavam o agravamento da violência na região,
incluindo o assassinato de uma menina de 17 anos, e teriam sido emboscados por
duas gangues rivais. Os corpos não foram recuperados.
Paraguai - O radialista e jornalista Humberto Coronel, da
rádio Amambay, foi assassinado por um pistoleiro em Pedro Juan Caballero em 6
de setembro. O profissional já havia relatado ter recebido ameaças de morte
na cidade localizada na fronteira seca com o Brasil, na rota do tráfico de
maconha e cocaína, e considerada a cidade mais violenta do país.
Peru – O prédio da TV Cadena Sur, em Ica, foi atingido
por um explosivo na madrugada de 13 de setembro, jogado por dois homens
tripulando uma motocicleta. As câmeras de segurança registraram o atentado,
no qual foram relatados somente danos materiais. O comunicador Gastón Sotomayor
informa que a emissora já vinha sendo ameaçada há vários meses. Numa primeira
ocasião, os suspeitos deixaram um envelope com duas balas na entrada principal,
dias depois colocaram excrementos no mesmo local. Além disso, jogaram tinta
vermelha e, há apenas 10 dias, penduraram um cachorro com a garganta cortada no
portão do canal. Os ataques vêm ocorrendo após denúncias contra o governo
regional.
Haiti II - A sede da emissora estatal Rádio e TV Nacional
do Haiti (TNH), no bairro de Delmas, foi invadida por manifestantes em 15 de
setembro. Os participantes do ataque protestavam contra as políticas
econômicas do governo, e incendiaram três veículos, atiraram pedras contra o
prédio e roubaram equipamentos da estação.
Alemanha - A jornalista brasileira Nina Lemos, colunista
da Universa, plataforma do Uol que discute questões femininas, que mora em
Berlim, foi alvo de uma série de posts com mensagens sexistas. Isto ocorreu
depois que publicou uma coluna sobre como a primeira-dama Michelle Bolsonaro
usou as redes sociais para divulgar a maneira que se vestiu durante o funeral
da rainha Elizabeth II, em 19 de setembro, em Londres.
Rússia I - O jornal Novaya Gazeta teve sua licença cassada
pelo governo após o Rozkomnadzor, órgão de vigilância de mídia, acusar o
veículo de não fornecer documentos relacionados a uma mudança de propriedade
ocorrida em 2006. Em março último, o veículo havia sido obrigado a
suspender suas operações na Rússia depois de violar novas leis que impõem
censura à cobertura da guerra na Ucrânia. Desde então, a equipe criou um canal
de notícias online na Europa, mas suas publicações também foram bloqueadas na
Rússia. Ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 2021 por sua defesa da
liberdade de imprensa, Dmitry Muratov,
editor-chefe do Novaya Gazeta, disse que a decisão, tomada pela Corte Distrital
de Basmanny, em Moscou, não tem base legal e que o veículo irá recorrer.
Nicarágua - O presidente Daniel Ortega ordenou a retirada
do ar da CNN en Español em 22 de setembro. Em comunicado denunciando a
retirada de sua programação do ar, a CNN en Español lembrou que atua no país há
25 anos e que continuará oferecendo conteúdo jornalístico ao público
nicaraguense no site cnnespanol.com.
Rússia II - O governo extinguiu o Sindicato de
Jornalistas e Profissionais de Mídia (JMWU), em 14 de setembro, por decisão do
Tribunal de Moscou que deu ganho de causa a uma ação movida pelo Ministério
Público. As Federações Internacional
e Europeia de Jornalistas (IFJ e EFJ), em nota conjunta, condenaram o “julgamento
político ilegítimo, baseado em falsas acusações”. As atividades do sindicato
estavam suspensas pelo governo desde julho.
EUA - O IPI [International Press Institute] e o IMS
[International Media Support] anunciaram os ganhadores do World Press Freedom
Heroes [Heróis da Liberdade de Imprensa Mundial] deste ano. São a
jornalista Shireen Abu Akleh, da rede Al Jazeera (“in memorian”), morta em
junho por forças militares israelenses, e o salvadorenho Carlos Dada, co-fundador
e diretor de El Faro, um dos mais proeminentes meios investigativos online da
América Latina. O prêmio homenageia os jornalistas com contribuições
significativas para promover a liberdade de imprensa, particularmente
enfrentando grandes riscos pessoais. Lançado pela IPI em 2000, a láurea é agora
concedida em parceria com a IMS.
......................
A Associação Riograndense de Imprensa (www.ari.org.br) disponibiliza o correio eletrônico imprensalivre@ari.org.br aos profissionais e estudantes da comunicação social para as denúncias envolvendo atentados ao livre exercício da profissão de jornalista.
O programa Conversa de Jornalista, transmitido aos finais de semana pela RS Rádio (https://rsradio.com.br/), pelo Facebook da ARI (https://www.facebook.com/ImprensaRS) e postado no início da semana no Spotify no canal da RS Rádio, apresenta a resenha das ocorrências nacionais e internacionais sobre liberdade de imprensa e expressão.
Fontes: ARI (www.ari.org.br), ABI
(www.abi.org.br), Fenaj (www.fenaj.org.br), ANJ (www.anj.org.br), Observatório
da Imprensa (www.observatoriodaimprensa.com.br), Abert (www.abert.org.br),
Abraji (www.abraji.org.br), Portal Imprensa (www.portalimprensa.com.br), Rede
em Defesa da Liberdade de Imprensa (www.liberdadedeimprensa.org.br), Portal
Coletiva (www.coletiva.net), Portal dos Jornalistas
(https://www.portaldosjornalistas.com.br/), Jornalistas & Cia
(https://www.jornalistasecia.com.br/), https://mediatalks.uol.com.br, Consultor Jurídico
(https://www.conjur.com.br/areas/imprensa), Sociedade Interamericana de
Imprensa (Miami), Federação Internacional de Jornalistas (www.ifj.org)
(Bruxelas), Sindicato dos Jornalistas de Portugal (www.jornalistas.eu)(Lisboa),
ONG Repórteres Sem Fronteiras (www.rsf.org) (Paris), Portal Comunique-se
(portal.comunique-se.com.br), Comitê de Proteção aos Jornalistas (Nova Iorque),
Centro Knight para o Jornalismo nas Américas (knightcenter.utexas.edu), ONG
Campanha Emblema de Imprensa (PEC), Freedom House (www.freedomhouse.org),
Associação Mundial de Jornais (www.wan-ifra.org), Comissão Interamericana de
Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA) (http://www.oas.org/pt/cidh/), Fórum Mundial dos Editores, https://forbiddenstories.org/, https://www.mfrr.eu/,
https://www.onefreepresscoalition.com/press e outras instituições e entidades de
defesa do livre exercício da profissão de jornalista.
Pesquisa e edição: Vilson
Antonio Romero (RS)
vilsonromero@yahoo.com.br
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