Notas
do Brasil
Brasília
(DF) - Relatórios da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão
(Abert), da Associação Nacional de Jornais (ANJ), da Associação Brasileira de
Jornalismo Investigativo (Abraji) e da ONG Repórteres Sem Fronteira (RSF)
contabilizam um total de 170 casos de violência contra profissionais da
imprensa no Brasil, incluindo mortes, sequestros, agressões e censuras
judiciais ao longo do ano. Foram seis
casos registrados de assassinatos, quatro ainda impunes.
Diadema
(SP) - O jornalista Fábio Munhoz, do Diário do Grande ABC, foi agredido em 17
de dezembro com um empurrão pelo secretário municipal de Saúde, José Augusto Ramos
(PSDB), ao questionar o dirigente sobre os problemas na rede municipal de atendimento
médico. O prefeito Lauro Michels (PV)
pediu desculpas pelo seu secretário e criticou o ato. Entidades que representam a imprensa também
repudiaram o aprestadpraato.
Cuiabá
(MT) - O acusado de planejar a execução do reporter Auro Ida, em 2011, Rubens
Alves de Lima, se entregou à Justiça na tarde de 19 de dezembro após ficar
foragido durante dois anos. Ele é o
terceiro acusado de envolvimento no homicídio e está com a prisão preventiva
decretada desde a época do crime. Outros dois réus já foram condenados. Segundo
o Ministério Público Estadual (MPE), o acusado teria mandado matar Auro Ida por
motivação passional, já que o jornalista estava morando com a ex-mulher dele.
Pelo
mundo
Síria
- O fotógrafo Molhem Barakat que trabalhava para a agência Reuters foi morto em
20 de dezembro em Aleppo, norte da Síria, enquanto cobria uma batalha entre
rebeldes e forças leais ao presidente Bashar al-Assad. O Instituto Internacional de Segurança da Imprensa
(INSI) considera a Síria, pelo segundo ano consecutivo, o país mais perigoso
para o exercício do jornalismo.
Iraque
– A apresentadora Nures al Naimi, da TV Al Mosuliya, foi assassinada a tiros em
15 de dezembro por um grupo armado nas proximidades de sua residência em Mossul,
no norte do Iraque. Desde a invasão
americana que destituiu o regime de Saddam Hussein, em março de 2003, pelo
menos 375 profissionais de diferentes veículos foram assassinados no país.
França
- A ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF) apontou em seu balanço anual, divulgado
em 18 de dezembro, que em 2013 caiu o número de jornalistas assassinados embora
tenha se elevado a quantidade de sequestros de profissionais da imprensa. Pelo acompanhamento da RSF foram mortos em todo o
mundo 71 jornalistas neste ano, no exercício da profissão. Já o número de
sequestros subiu de 38 em 2012 para 87 em 2013. 178 profissional ainda estão
detidos, a maioria na China – 30, Eritreia – 28, Turquia – 27, Irã – 20, e na
Síria – 20.
Rússia
- O empresário Pavel Sopota foi condenado em 20 de dezembro a sete anos de
prisão por planejar o ataque que matou o jornalista Igor Domnikov, do jornal
Novaya Gazeta, em 2000. O tribunal
Lyublino de Moscou o considerou culpado pelo planejamento do assassinato que
ganhou notoriedade na imprensa russa há 13 anos. Domnikov foi atacado por
marteladas de um grupo de homens em 12 de maio de 2000. Os autores do atentado já
foram condenados a prisão, mas o mentor do atentado ainda não o havia sido.
Malásia
– O jornal The Heat foi fechado pelo governo do após publicar uma notícia
intitulada “Todos os olhos sobre os gastos do primeiro-ministro Najib”,
referente às denúncias da oposição contra a mulher do governante, que teria
utilizado um avião do executivo para participar numa cúpula de mulheres no
Qatar. O ato ocorreu após o jornal
ter recebido ordem para comparecer em um tribunal e após o diretor ter sido aconselhado
pelo próprio ministério a “baixar o tom” das suas informações.
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A Associação Riograndense de Imprensa
(www.ari.org.br) disponibiliza o correio eletrônico imprensalivre@ari.org.br
aos profissionais e estudantes da comunicação social para as denúncias
envolvendo atentados ao livre exercício da profissão de jornalista.
O programa Conversa de Jornalista,
transmitido aos sábados pela Rádio da Universidade AM 1080 Mhz, de Porto Alegre
(RS), apresenta a resenha semanal das ocorrências nacionais e internacionais
sobre liberdade de imprensa e expressão.
Fontes: ARI (www.ari.org.br), ABI
(www.abi.org.br), Fenaj (www.fenaj.org.br), ANJ (www.anj.org.br), Observatório
da Imprensa, Abert (www.abert.org.br), Abraji (www.abraji.org.br), Portal
Imprensa (www.portalimprensa.com.br), Rede em Defesa da Liberdade de Imprensa
(www.liberdadedeimprensa.org.br), Portal Coletiva (www.coletiva.net), Sociedade
Interamericana de Imprensa (Miami), Federação Internacional de Jornalistas
(www.ifj.org) (Bruxelas), Sindicato dos Jornalistas de Portugal
(www.jornalistas.online.pt)(Lisboa), ONG Repórteres Sem Fronteiras
(www.rsf.org) (Paris), Portal Comunique-se, Comitê de Proteção aos Jornalistas
(Nova Iorque), Centro Knight para o Jornalismo nas Américas
(knightcenter.utexas.edu), ONG Campanha Emblema de Imprensa (PEC), Freedom
House (www.freedomhouse.org), Associação Mundial de Jornais (www.wan.org),
Fórum Mundial dos Editores e outras instituições e entidades de defesa do livre
exercício da profissão de jornalista.
Pesquisa e edição de Vilson
Antonio Romero
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