segunda-feira, 10 de março de 2014

BOLETIM 10 ANO IX

A LIBERDADE DE IMPRENSA NO BRASIL E NO MUNDO
Notas do Brasil
Teixeira de Freitas (BA) - A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), em 6 de março, condenou o assassinato do jornalista Geolino Lopes Xavier, ocorrido em 27 de fevereiro. A organização exigiu ainda que as autoridades identifiquem e punam os responsáveis, além cobrar melhores medidas de segurança para profissionais da imprensa no Brasil. Xavier era diretor do portal de notícias N3 e foi morto a tiros quando dirigia seu carro. A polícia ainda não tem pistas dos assassinos.
Brasilia (DF) - O governo federal criou um grupo de trabalho para determinar procedimentos padrões de segurança na cobertura jornalística de protestos. A prévia do estudo estará numa cartilha que o Ministério da Justiça prepara para distribuição em todo país e nas aulas de um curso piloto ofertado pela Academia da Força Nacional. O grupo será coordenado por Heloísa Helena Kuser, do Departamento da Força Nacional de Segurança Pública, e integrado por representantes do Ministério da Justiça, da Secretaria Nacional de Justiça, de entidades sindicais de jornalistas e de empresas de comunicação.

Pelo mundo
Síria I – O cinegrafista Omar Abdel Qader, da TV Al Mayadeen, com sede em Beirute, no Líbano, morreu em 8 de março, durante a cobertura dos combates no leste do país.
Síria II – O fotógrafo canadense Ali Moustafa, foi atingido, juntamente com outras sete pessoas por um ataque a bomba em 9 de março. Um helicóptero militar soltou um explosivo, conhecida como "barril", na área de Hadariyeh, em Aleppo. Depois de repórteres e civis se deslocarem até o local para observar os danos, um segundo explosivo foi lançado, matando Ali Moustafa e os demais.
Ucrânia – A correspondente Anna Coren, da rede CNN na república autônoma da Crimeia, denunciou em 6 de março que os responsáveis pelo hotel usado pela emissora para as transmissões sobre a crise no país, exigiram que ela interrompesse suas atividades sob ameaça de expulsão do local. Coren relatou que quando descobrem que eles são da CNN, uma emissora americana conhecida no mundo todo, consideram sua presença "um alto grau de hostilidade".
França – A jornalista Valerie Trierweiler, ex-companheira do presidente François Hollande, ganhou ação judicial por invasão de privacidade contra a revista Closer. O processo foi aberto logo após a revelação de uma série de fotos exclusivas que confirmaram os boatos sobre a relação secreta do chefe de Estado com a atriz Julie Gayet, que também recorreu à Justiça contra a publicação. A ex-primeira dama deverá ser indenizada em 12 mil euros (U$ 16,5 mil) por danos.
Inglaterra – A jornalista Rebekah Brooks, ex-editora do jornal News of the World, negou em 5 de março ter encoberto o alto número de escutas telefônicas feitas pela publicação, mas reconheceu ter pago ao relações públicas, Max Clifford, cerca de um milhão de libras para tentar proibir que alegações contra editores fossem para a Justiça. Em julgamento num tribunal de Londres, Rebekah alegou que, como executiva-chefe da divisão de jornais britânicos do conglomerado de mídia de Rupert Murdoch, mediou um acordo com Clifford, em parte para impedir uma ação judicial por invasão de seu telefone. A publicação temia que o detetive particular Glenn Mulcaire, preso em 2007 por espionagem ilegal, testemunhasse em um possível julgamento e identificasse jornalistas que o haviam supostamente estimulado a interceptar ligações e mensagens de voz. Rebekah e outros seis réus negaram acusações de grampeamento de telefones.
Venezuela – O Sindicato Nacional de Trabalhadores da Imprensa (SNTP) denunciou que pelo menos 89 jornalistas foram agredidos, roubados ou detidos desde o início dos protestos estudantis e da oposição. A entidade contabilizou 23 casos de roubos de equipamentos de jornalistas por manifestantes, civis armados e agentes da ordem, 22 detenções arbitrárias e 68 casos de agressão. Até o momento, os protestos resultaram em 20 mortes, quase 300 feridos e dezenas de denúncias sobre violações dos direitos humanos. Os atos começaram com reivindicações por mais segurança, além de queixas pela crise econômica, inflação alta e escassez de vários produtos básicos no país.
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A Associação Riograndense de Imprensa (www.ari.org.br) disponibiliza o correio eletrônico imprensalivre@ari.org.br aos profissionais e estudantes da comunicação social para as denúncias envolvendo atentados ao livre exercício da profissão de jornalista.

O programa Conversa de Jornalista, transmitido aos sábados pela Rádio da Universidade AM 1080 Mhz, de Porto Alegre (RS), apresenta a resenha semanal das ocorrências nacionais e internacionais sobre liberdade de imprensa e expressão.

Fontes: ARI (www.ari.org.br), ABI (www.abi.org.br), Fenaj (www.fenaj.org.br), ANJ (www.anj.org.br), Observatório da Imprensa, Abert (www.abert.org.br), Abraji (www.abraji.org.br), Portal Imprensa (www.portalimprensa.com.br), Rede em Defesa da Liberdade de Imprensa (www.liberdadedeimprensa.org.br), Portal Coletiva (www.coletiva.net), Sociedade Interamericana de Imprensa (Miami), Federação Internacional de Jornalistas (www.ifj.org) (Bruxelas), Sindicato dos Jornalistas de Portugal (www.jornalistas.online.pt)(Lisboa), ONG Repórteres Sem Fronteiras (www.rsf.org) (Paris), Portal Comunique-se, Comitê de Proteção aos Jornalistas (Nova Iorque), Centro Knight para o Jornalismo nas Américas (knightcenter.utexas.edu), ONG Campanha Emblema de Imprensa (PEC), Freedom House (www.freedomhouse.org), Associação Mundial de Jornais (www.wan.org), Fórum Mundial dos Editores e outras instituições e entidades de defesa do livre exercício da profissão de jornalista.


Pesquisa e edição de Vilson Antonio Romero

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