Notas
do Brasil
Brasília
(DF) I - A jornalista Joice Hasselmann, demitida pela revista Veja, revelou que
a direção da publicação começou a receber “pressões” por seus comentários na
TVeja, especialmente após afirmar que o ex-presidente Lula e sua sucessora, Dilma
Rousseff, “roubaram a esperança” do país. A ex-apresentadora diz em vídeo publicado pelo “Canal da Direita” que
houve um incômodo por ela também ter dito que Lula era um “câncer”. “Isso
incomodou tanto que os telefonemas começaram a ser cada vez maiores, com mais
pressão”, explicou. Joice afirmou ainda ter ouvido de diretores de “altíssimo
clero” que “empresários começaram a ligar”. “Numa sexta-feira à noite recebi a
notícia de que meu contrato seria rompido imediatamente”, relatou.
Brasília
(DF) II - A revista CartaCapital e o jornalista Leandro Fortes foram condenados
pela 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) a indenizar em R$ 90 mil o
Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP) por uma reportagem considerada
ofensiva. A matéria informava que o IDP
mantinha contratos com órgãos públicos assinados por meio de dispensa de
licitação. O texto diz que eles foram obtidos pelo ministro Gilmar Mendes, do
Supremo Tribunal Federal (STF), sócio da escola, e por outros professores por
meio de tráfico de influência. Para o ministro relator no STJ, houve abuso do
direito de criticar, uma vez que o jornalista e a CartaCapital “agrediram a
honra objetiva do IDP, ultrapassando nitidamente o limite razoável da liberdade
de se expressar e criticar”
São
Paulo (SP) I - O historiador e comentarista político Marco Antonio Villa responde
por queixa-crime proposta pelo ex-presidente Lula por calúnia, injúria e
difamação. Os advogados de Lula
afirmam que o profissional da TV Cultura e da Jovem Pan fez “afirmações
caluniosas” durante o programa Jornal da Cultura - 2ª Edição, veiculado em 20
de julho. Villa teria dito que o ex-presidente “mente”, que é “culpado de
tráfico de influência internacional”, além de “réu oculto do mensalão”, “chefe
do petrolão”, “chefe da quadrilha” e que teria organizado “esquemas de
corrupção”. Em audiência de conciliação realizada em 19 de novembro, as partes
não chegaram a nenhum acordo e a queixa foi aceita pela 30ª Vara Criminal de SP.
São
Paulo (SP) II - A roteirista Tati Tavares e o editor de imagem Raul Nerici
foram detidos na noite de 1º. de dezembro quando filmavam a ação da Polícia
Militar (PM) para dispersar uma manifestação de estudantes na região central da
cidade. Em razão disso, os
profissionais “foram agredidos e levados presos pela PM”, revela uma testemunha.
Depois de permanecerem algum tempo dentro da viatura defronte uma delegacia,
foram liberados no início da madrugada.
Rio
de Janeiro (RJ) - O repórter e apresentador Daniel Penna-Firme, do canal SBT
RJ, foi agredido verbal e fisicamente em 2 de dezembro enquanto cobria a
ocupação do Campus da Universidade do Estado do RJ (UERJ) no Maracanã, onde
estudantes reivindicam o pagamento de bolsas atrasadas aos cotistas e o salário
dos funcionários. A agressão partiu
de um aluno não identificado quando Daniel transmitia ao vivo para a emissora.
Goiânia
(GO) - O Ginásio Goiânia Arena passou a ser denominado “Ginásio Valério Luiz de
Oliveira”, em homenagem ao radialista e jornalista esportivo Valério Luiz, assassinado
a tiros em 5 de julho de 2012. A
decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado e partiu da iniciativa do
deputado estadual Major Araújo (PRP). A investigação concluiu que o
profissional foi morto por sua atuação profissional no “Jornal de Debates”, na
Rádio Jornal, e no “Mais Esporte”, na PUC-TV, pois fazia duras críticas à
diretoria do Atlético-GO.
Pelo
mundo
Somália
- A jornalista Hindiyo Haji Mohamed, da emissora SNTV, foi morta após a
explosão de um artefato no carro que dirigia em 3 de dezembro na capital
Mogadíscio. Diversas organizações de
defesa da liberdade de imprensa classificam a Somália entre os países mais
perigosos para os jornalistas. No ano passado, a região ficou em 8º lugar no
ranking da ONG Press Emblem Campaign.
Turquia
- Uma equipe de reportagem do canal RT, da Espanha, foi atacada com gás
lacrimogênio pela polícia enquanto cobria uma manifestação na cidade de
Diyarbakir, a sudoeste do país, em 30 de novembro. Os repórteres,
que cobriam o protesto mobilizado por cidadãos curdos contra o assassinato do
advogado Tahir Elci – famoso no país por suas críticas ao governo –, foram
atingidos enquanto tentavam filmar um confronto entre a polícia e manifestantes
curdos no centro da cidade, onde o jurista teria sido morto.
Egito
- O jornalista Ismail Alexandrani foi preso, acusado pelo governo do país de “divulgar
notícias falsas”. Alexandrani foi
interrogado por oito horas pelo Ministério Público logo após regressar ao país
vindo da Alemanha. Depois do interrogatório, foi preso sob quinze acusações,
entre elas a divulgação de notícias falsas e campanha contra o governo.
Israel
- O exército fechou em 29 de novembro a emissora palestina conhecida como “A
Rádio dos Sonhos”, que transmitia da cidade de Hebron, um dos epicentros da
atual onda de violência na região. As
autoridades alegaram que a rádio incitava a violência e determinaram o
cancelamento de sua atividade por seis meses. O diretor da rádio, Talab Al Jabari,
informou que diversos soldados invadiram as instalações depois de explodir as
portas com explosivos. Eles também levaram os transmissores e outros
equipamentos de radiofusão.
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A Associação Riograndense de Imprensa
(www.ari.org.br) disponibiliza o correio eletrônico imprensalivre@ari.org.br
aos profissionais e estudantes da comunicação social para as denúncias
envolvendo atentados ao livre exercício da profissão de jornalista.
O programa Conversa de Jornalista,
transmitido aos sábados pela Rádio da Universidade AM 1080 Mhz, de Porto Alegre
(RS), apresenta a resenha semanal das ocorrências nacionais e internacionais
sobre liberdade de imprensa e expressão.
Fontes: ARI (www.ari.org.br), ABI
(www.abi.org.br), Fenaj (www.fenaj.org.br), ANJ (www.anj.org.br), Observatório
da Imprensa (www.observatoriodaimprensa.com.br), Abert (www.abert.org.br),
Abraji (www.abraji.org.br), Portal Imprensa (www.portalimprensa.com.br), Rede
em Defesa da Liberdade de Imprensa (www.liberdadedeimprensa.org.br), Portal
Coletiva (www.coletiva.net), Consultor Jurídico (www.conjur.com.br), Sociedade
Interamericana de Imprensa (Miami), Federação Internacional deJornalistas
(www.ifj.org) (Bruxelas), Sindicato dos Jornalistas de Portugal
(www.jornalistas.eu)(Lisboa), ONG Repórteres Sem Fronteiras (www.rsf.org)
(Paris), Portal Comunique-se (portal.comunique-se.com.br), Comitê de Proteção
aos Jornalistas (Nova Iorque), Centro Knight para o Jornalismo nas Américas
(knightcenter.utexas.edu), ONG Campanha Emblema de Imprensa (PEC), Freedom
House (www.freedomhouse.org), Associação Mundial de Jornais (www.wan-ifra.org),
Fórum Mundial dos Editores e outras instituições e entidades de defesa do livre
exercício da profissão de jornalista.
Pesquisa e edição de Vilson Antonio
Romero
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