segunda-feira, 13 de julho de 2015

BOLETIM 25 ANO X

A LIBERDADE DE IMPRENSA NO BRASIL E NO MUNDO
Notas do Brasil
Ipatinga (MG) – A ONG Artigo 19 lançou o documentário “Impunidade mata”, que conta a história do jornalista investigativo Rodrigo Neto, assassinado a tiros em 2013. O vídeo busca denunciar o envolvimento de autoridades em crimes contra a liberdade de expressão. Neto fazia cobertura policial e foi morto em decorrência de seu trabalho como repórter.  Entre as denúncias que o jornalista fez, destaca-se o envolvimento de policiais em crimes na região do Vale do Aço.

São Paulo (SP) – A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e o Instituto Palavra Aberta lançaram, em parceria, a plataforma colaborativa CTRL+X, um banco de dados das ações judiciais que obrigam a remoção de conteúdos da internet veiculados pela imprensa, comunicadores, blogueiros e outros. A plataforma é um desdobramento da experiência da iniciativa da Abraji “Eleição Transparente”, de 2014, que acompanhou as ações no período eleitoral.

Salvador (BA) - O jornalista Marivaldo Filho, do site Bocão News, denunciou a agressão sofrida na madrugada de 5 de julho. O profissional disse que a ação lhe provocou cortes e várias escoriações. Filho saía de uma festa no bairro do Bonfim quando viu policiais agredindo um amigo. Ao fotografar a agressão dos PMs, um deles percebeu e ordenou que ele apagasse as imagens. Ao se recusar, foi preso por desacato e desobediência e agredido quando foi colocado na viatura. Depois de atendido numa Unidade de Pronto Atendimento (UPA), foi lavrado o boletim de ocorrência por desacato.

Pelo mundo
Iraque - A jornalista Suha Ahmed Radi, após alguns dias em cativeiro, foi executada por extremistas do Estado Islâmico (EI) na cidade de Mosul, revelou o sindicato dos Jornalistas (SJI) em 6 de julho. Suha teria sido condenada pelo tribunal do EI por espionagem. Ela teve sua casa invadida e foi levada até o cativeiro, onde foi assassinada dias depois.

Índia - O jornalista Akshay Singh faleceu em 3 de julho de uma "morte súbita" após entrevistar os pais de uma garota que havia sido assassinada por estar envolvida no escândalo "Vyapam" que denunciou políticos e intermediários por terem aceitado propina para conceder empregos e admissões em faculdades do país, entre 2008 e 2013.  O jornalista teria passado mal logo após a entrevista, quando foi encaminhado ao hospital por ter desmaiado e "espumado pela boca". Os médicos ainda tentaram reanimá-lo, mas Singh acabou falecendo algumas horas depois.  A imprensa declarou que o repórter morreu em uma "circunstância suspeita", comparando-o às outras 44 pessoas que estavam envolvidas no "Vyapam" e "faleceram sem maiores explicações". 

Inglaterra - A repórter Ahmen Khawaja, da rede BBC, que divulgou em junho a "morte" da rainha Elizabeth II, enfrenta um processo disciplinar pelas mensagens que publicou em sua conta no Twitter. Khawaja trabalha para o serviço da BBC em língua urdu, idioma falado principalmente na Índia e no Paquistão e postou nas redes sociais que a rainha da Inglaterra, Elizabeth II, 89, estaria hospitalizada. Em seguida, ela tuitou: “A Rainha Elizabeth morreu”. À época, o porta-voz do Palácio de Buckingham veio a público para desmentir o boato e informar que Elizabeth não só estava viva como cumprindo sua agenda. Ao esclarecer a confusão, a repórter da BBC afirmou que havia deixado seu celular em casa sem supervisão. Em seguida, ela escreveu no Twitter: "foi uma brincadeira boba, peço desculpas pela confusão!". A BBC enquadrou o caso como uma "violação grave das diretrizes editoriais" da emissora e abriu inquérito interno sobre o caso.
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A Associação Riograndense de Imprensa (www.ari.org.br) disponibiliza o correio eletrônico imprensalivre@ari.org.br aos profissionais e estudantes da comunicação social para as denúncias envolvendo atentados ao livre exercício da profissão de jornalista.
O programa Conversa de Jornalista, transmitido aos sábados pela Rádio da Universidade AM 1080 Mhz, de Porto Alegre (RS), apresenta a resenha semanal das ocorrências nacionais e internacionais sobre liberdade de imprensa e expressão.
Fontes: ARI (www.ari.org.br), ABI (www.abi.org.br), Fenaj (www.fenaj.org.br), ANJ (www.anj.org.br), Observatório da Imprensa (www.observatoriodaimprensa.com.br), Abert (www.abert.org.br), Abraji (www.abraji.org.br), Portal Imprensa (www.portalimprensa.com.br), Rede em Defesa da Liberdade de Imprensa (www.liberdadedeimprensa.org.br), Portal Coletiva (www.coletiva.net), Consultor Jurídico (www.conjur.com.br), Sociedade Interamericana de Imprensa (Miami), Federação Internacional deJornalistas (www.ifj.org) (Bruxelas), Sindicato dos Jornalistas de Portugal (www.jornalistas.eu)(Lisboa), ONG Repórteres Sem Fronteiras (www.rsf.org) (Paris), Portal Comunique-se (portal.comunique-se.com.br), Comitê de Proteção aos Jornalistas (Nova Iorque), Centro Knight para o Jornalismo nas Américas (knightcenter.utexas.edu), ONG Campanha Emblema de Imprensa (PEC), Freedom House (www.freedomhouse.org), Associação Mundial de Jornais (www.wan-ifra.org), Fórum Mundial dos Editores e outras instituições e entidades de defesa do livre exercício da profissão de jornalista.

Pesquisa e edição de Vilson Antonio Romero

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