Notas
do Brasil
Pacajus
(CE) - O radialista e empresário Francisco Rodrigues de Lima, da Rádio FM Monte
Mor, foi assassinado em 9 de junho ao chegar ao local de trabalho. Ao parar o carro, foi abordado por dois homens de
motocicleta. Um deles desceu da moto e efetuou os disparos. Os tiros atingiram
a cabeça do radialista. A Polícia Militar (PM) ainda não identificou os
criminosos nem a motivação do ataque.
Brasília
(DF) - A revista Época e o jornal O Globo acusam o Ministério das Relações
Exteriores de tentar evitar o acesso d aos documentos que ligariam o
ex-presidente Lula à construtora Odebrecht, investigada na Operação Lava Jato. De acordo com Época, João Pedro Corrêa Costa, diretor
do Departamento de Comunicações e Documentação (DCD) do Itamaraty, ordenou uma
interferência no pedido de informações do jornalista Filipe Coutinho baseado na
Lei de Acesso à Informação. O Itamaraty teria tentado reclassificar documentos
hoje "reservados" para "secretos", o que aumentaria o prazo
de acesso ao material de cinco para 15 anos. O departamento responsável já teria,
inclusive, separado e impresso o material para entregar ao jornalista, mas o
pedido do DCD parou o processo.
Pelo
mundo
Índia
- O ministro Ram Murti Verma, do Partido Samajwadi, foi detido em 11 de junho,
após ser acusado de participar do assassinato do jornalista Jagendra Singh
ocorrido três dias antes. O crime
teria como motivação uma publicação de Singh no Facebook que denunciava o
ministro de praticar atividades ilegais em mineração e ocupação de terras.
Austrália
- O jornalista Peter Greste, detido no Egito por 400 dias, acusado de apoiar a
Irmandade Muçulmana, disse em palestra que atualmente o mundo é mais perigoso
para um jornalista que deseja fazer seu trabalho. Ele foi detido junto com outros dois colegas da Al
Jazeera em dezembro de 2013 no Cairo e condenado a quase dez anos de prisão por
se envolver com a Irmandade Muçulmana e prejudicar a imagem do Egito. Em
fevereiro, Greste foi deportado para a Austrália enquanto as autoridades locais
reabriram o caso, porque o jornalista não pôde aparecer para se defender.
Espanha
- O Supremo Tribunal encerrou a investigação sobre a morte do jornalista José
Couso, morto em 2003 após um disparo de canhão americano no hotel onde estava
hospedado no Iraque. O juiz Santiago
Pedraz, responsável pelo caso, justificou que a ação não poderia prosseguir em
discussão por estar limitado pelo abrigo da justiça universal, aprovada em
fevereiro de 2014 e que impede o magistrado de julgar crimes contra cidadãos
espanhóis que tenham acontecido fora da Espanha. Pedraz ainda cancelou a ordem
de captura aos três soldados norte-americanos acusados pela morte do
jornalista.
Azerbaijão
- Após o jornal inglês The Guardian publicar matérias sobre uma suposta
violação dos direitos humanos por autoridades locais, o governo impediu o
veículode entrar no país para cobrir a primeira edição dos Jogos Europeus. O evento, considerado uma pequena Olimpíada, acontece
na cidade de Baku e reúne cerca de seis mil atletas de quase todo o continente
na disputa de várias modalidades esportivas.
Rússia
- A jornalista Elena Milachina, do jornal de oposição Novaya Gazeta, que já
publicou matérias sobre atrocidades na região da Chechênia, foi ameaçada de
morte. Ela denunciou também uma
tentativa de silenciá-la. Editorial feito pela agência Grozny-Infom mostrou que
a jornalista poderia se tornar a próxima vítima fatal de uma opressão do
governo.
EUA
- O Newseum decidiu homenagear os 14 jornalistas mortos em 2014 durante
cobertura de conflitos, entre eles James Foley e Steven Sotloff, executados pelo
Estado Islâmico na Síria. O museu os
incluiu em um memorial. Os 11 novos nomes de homens e três de mulheres
representam os mais de 80 repórteres mortos no exercício da profissão em 2014. O
memorial do Newseum registra a morte de 2.271 repórteres, fotógrafos,
apresentadores de rádio e executivos de imprensa de todo o mundo desde 1837.
................................
A Associação Riograndense de Imprensa
(www.ari.org.br) disponibiliza o correio eletrônico imprensalivre@ari.org.br
aos profissionais e estudantes da comunicação social para as denúncias
envolvendo atentados ao livre exercício da profissão de jornalista.
O programa Conversa de Jornalista,
transmitido aos sábados pela Rádio da Universidade AM 1080 Mhz, de Porto Alegre
(RS), apresenta a resenha semanal das ocorrências nacionais e internacionais
sobre liberdade de imprensa e expressão.
Fontes: ARI (www.ari.org.br), ABI
(www.abi.org.br), Fenaj (www.fenaj.org.br), ANJ (www.anj.org.br), Observatório
da Imprensa (www.observatoriodaimprensa.com.br), Abert (www.abert.org.br),
Abraji (www.abraji.org.br), Portal Imprensa (www.portalimprensa.com.br), Rede
em Defesa da Liberdade de Imprensa (www.liberdadedeimprensa.org.br), Portal
Coletiva (www.coletiva.net), Consultor Jurídico (www.conjur.com.br), Sociedade
Interamericana de Imprensa (Miami), Federação Internacional deJornalistas
(www.ifj.org) (Bruxelas), Sindicato dos Jornalistas de Portugal
(www.jornalistas.eu)(Lisboa), ONG Repórteres Sem Fronteiras (www.rsf.org)
(Paris), Portal Comunique-se (portal.comunique-se.com.br), Comitê de Proteção
aos Jornalistas (Nova Iorque), Centro Knight para o Jornalismo nas Américas
(knightcenter.utexas.edu), ONG Campanha Emblema de Imprensa (PEC), Freedom
House (www.freedomhouse.org), Associação Mundial de Jornais (www.wan-ifra.org),
Fórum Mundial dos Editores e outras instituições e entidades de defesa do livre
exercício da profissão de jornalista.
Pesquisa e edição de Vilson Antonio Romero
Nenhum comentário:
Postar um comentário