Notas
do Brasil
São Paulo (SP) - A Secretaria estadual de Segurança Pública
divulgou nota em resposta à manifestação do Sindicato dos Jornalistas
Profissionais (SJSP) que afixou na fachada da entidade uma faixa repudiando a
violência policial contra a imprensa. O protesto tem a ver com a agressão
sofrida pelo repórter Bruno Cassucci, do jornal Lance!, durante uma partida do
Campeonato Brasileiro de Futebol ocorrida em Santos (SP) em 30 de novembro. O
governo estadual diz que “determinou a abertura de inquérito policial militar
(IPM) para apurar os fatos”. O órgão informa também que houve uma reunião com o
diretor regional do Sindicato, Carlos Ratton, e que chamou o repórter para
depor.
Rio de Janeiro (RJ) – A rede Bandeirantes
e Alan Rapp, diretor do programa “Pânico”, devem indenizar em R$ 20 mil o
humorista David Pinheiro, da rede Globo. O personagem Armando Volta,
interpretado por Pinheiro, foi um dos protagonistas do quadro “Escolinha do
Professor Moribundo com alunos do além”, exibido no feriado de Finados em 2012.
Em razão da brincadeira, muitas pessoas acreditaram que David Pinheiro teria
morrido, uma vez que a sátira do “Pânico” imitava diversos ícones do humor que
já haviam falecido, como Mussum, Zacarias e Chico Anysio. Em um dado momento, o
humorista Carioca disse que Pinheiro “estava vivo, mas na geladeira há 10 anos”.
Ofendido, o humorista solicitou indenização por danos morais.
Pelo
mundo
Siria I - O jornalista Mahran al
Diri, da rede Al Jazeera, morreu em 10 de dezembro enquanto cobria um confronto
entre rebeldes e forças armadas na cidade de Al Sheij Masakin, localizada
próximo a Deraa.
Síria II - Os jornalistas
Youssef al Dus e Rami al Asami, e o cinegrafista Salem Khalil, do canal sírio
Orient News, morreram em 8 de dezembro durante a cobertura de uma batalha na
província de Deraa. Os profissionais foram alvo dos foguetes das forças do regime na cidade de Al Sheikh Masakin.
Azerbaijão - A jornalista
Khadija Ismayilova, da Rádio Europa Livre, foi condenada a sete anos de prisão
por supostamente “incentivar um homem a cometer suicídio”. A radialista
jornalista nega as acusações. A decisão motivou uma série de movimentos nas
redes sociais pedindo a libertação da jornalista. A página do Facebook “Free
Khadija” já tem quase três mil seguidores.
Turquia – As instalações do
jornal Zaman e da TV Samanyolu foram invadidas pela polícia em 14 de dezembro.
24 pessoas, incluindo executivos e ex-policiais, também foram presos sob a
acusação de terem criticado o governo.
Inglaterra - Um ex-repórter do
News of the World, cujo nome não foi revelado, foi condenado a uma pena
alternativa de seis meses por subornar um agente penitenciário. O jornalista
queria informações sobre um notório criminoso local e sua rotina atrás das
grades. A reportagem denunciou as condições privilegiadas na prisão.
Indonésia - O redator-chefe Meidyatama
Suryodiningrat, do jornal de língua inglesa Jakarta Post, pode ser condenado a até
cinco anos de prisão após publicar uma caricatura sobre o Estado Islâmico (EI).
O profissional foi acusado de blasfêmia em razão de caricatura onde mostra um
homem com a bandeira de uma caveira. Em cima dele, havia a frase: “não há Deus
maior que Alá”. No chão, aparecem vários combatentes, um deles apontando uma
arma contra pessoas com o rosto coberto e as mãos amarradas nas costas.
EUA - O procurador-geral Eric
Holder desistiu de obrigar o jornalista James Risen, do New York Times, a
revelar a fonte que forneceu informações divulgadas no livro “State of War”
(Estado de Guerra), publicado em 2006.O livro denunciou um confuso esquema
da Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA) para sabotar o programa
nuclear iraniano. A ideia era que um agente duplo entregasse aos cientistas do
Irã uma série de diagramas que explicavam o passo a passo de como desenvolver
uma bomba atômica. A promotoria queria que Risen divulgasse sua fonte, o que o
jornalista recusou.
Arábia Saudita – A ONG
Repórteres Sem Fronteiras (RSF) pediu que as autoridades anulem a condenação de
mil chibatadas e dez anos de prisão contra o jornalista Raef Badawi. A
entidade solicitou que o rei Abdalá intervenha e faça um acordo para evitar a
concretização da pena que classificou como “contrária ao direito internacional”.
O jornalista é co-fundador da página Liberal Saudi Network, que questiona a
evolução da sociedade saudita à respeito das liberdades fundamentais e levanta
debates sobre temas políticos, religiosos e sociais. Badawi é acusado de criticar
a política religiosa e apelar à liberalização. Em dezembro, um juiz havia
encaminhado o caso para um tribunal superior ao acusá-lo de renúncia à crença,
o que pode levar à pena de morte no país.
Paraguai - A polícia prendeu um
dos quatro suspeitos por matar o jornalista Pablo Medina e a assistente dele. O
assassinato teria sido executado por membros de um grupo de narcotraficantes
ligado ao Partido Colorado. O repórter era conhecido por suas reportagens sobre
o tráfico de drogas e pelo relacionamento com os poderes políticos em
Canindeyú, departamento onde foi assassinado.
Espanha - O jornal El País deve
publicar uma retratação por reportagem de agosto deste ano onde destaca a
inauguração do Templo de Salomão da Igreja Universal do Reino de Deus em São Paulo
(SP) e diz que os fiéis são “obrigados” a pagar 10% de seus salários como
dízimo para a instituição. A decisão judicial obriga o jornal a publicar
uma nota escrita pela própria Universal no fim da matéria. A instituição diz
que “não é verdade que os fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus têm a
obrigação de pagar a esta igreja um décimo de seu salário. Todas as doações
dadas a esta fiéis da igreja são voluntários”.
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A Associação Riograndense de Imprensa (www.ari.org.br) disponibiliza o
correio eletrônico imprensalivre@ari.org.br aos profissionais e estudantes da
comunicação social para as denúncias envolvendo atentados ao livre exercício da
profissão de jornalista.
O programa Conversa de Jornalista, transmitido aos sábados pela Rádio
da Universidade AM 1080 Mhz, de Porto Alegre (RS), apresenta a resenha semanal
das ocorrências nacionais e internacionais sobre liberdade de imprensa e
expressão.
Fontes: ARI (www.ari.org.br), ABI (www.abi.org.br), Fenaj
(www.fenaj.org.br), ANJ (www.anj.org.br), Observatório da
Imprensa (www.observatoriodaimprensa.com.br), Abert (www.abert.org.br),
Abraji (www.abraji.org.br), Portal
Imprensa (www.portalimprensa.com.br), Rede em Defesa da Liberdade de
Imprensa (www.liberdadedeimprensa.org.br), Portal Coletiva (www.coletiva.net),
Consultor Jurídico (www.conjur.com.br),
Sociedade Interamericana de Imprensa (Miami), Federação Internacional de
Jornalistas (www.ifj.org) (Bruxelas), Sindicato dos Jornalistas de
Portugal (www.jornalistas.eu)(Lisboa), ONG Repórteres Sem Fronteiras (www.rsf.org)
(Paris), Portal Comunique-se (portal.comunique-se.com.br), Comitê de
Proteção aos Jornalistas (Nova Iorque), Centro Knight para o Jornalismo nas
Américas (knightcenter.utexas.edu), ONG Campanha Emblema de Imprensa (PEC),
Freedom House (www.freedomhouse.org), Associação Mundial de Jornais (www.wan-ifra.org),
Fórum Mundial dos Editores e outras instituições e entidades de defesa do livre
exercício da profissão de jornalista.
Pesquisa e edição de Vilson Antonio Romero
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