Notas
do Brasil
Rio
de Janeiro (RJ) - O jornalista Juca Kfouri, blogueiro e colunista do jornal
Folha de S.Paulo, foi absolvido pelo Tribunal de Justiça (TJ-RJ) em processo
movido por Ricardo Teixeira, ex-presidente da Confederação Brasileira de
Futebol (CBF). O
dirigente se sentiu ofendido por um texto de 2009 que o comparava a um monarca.
No texto, o jornalista se referia ao dirigente como “Rei Ricardo I”, além de
traduzir a sigla CBF como “Casa Bandida do Futebol”.
Tudo pelo voto
Rio
de Janeiro (RJ) - O humorista Gregório Duvivier, integrante do grupo Porta dos
Fundos e colunista do jornal Folha de S.Paulo, foi ameaçado em 15 de outubro
após declarar em sua coluna apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff
(PT). Duvivier
almoçava num restaurante na zona sul da capital fluminense quando um homem
disse que não permaneceria no local porque ia “acabar metendo a porrada” nele. O humorista não respondeu à
provocação, mas o agressor insistiu e disse que “ele era da 'esquerda caviar' e
que deveria estar almoçando no bandejão, 'já que gosta tanto de pobre'“.
Brasília
(DF) - O jornal O Estado de S. Paulo não precisa conceder direito de resposta à
presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição. A coligação Com a Força do Povo
reclamava de texto publicado em 1º de outubro, com o título: “Dedo dos petistas
nos Correios ajuda Dilma, diz deputado”. A representação alega que o jornal
acrescentou o termo “só” nas declarações do deputado estadual mineiro Durval
Ângelo (PT) em reunião com dirigentes dos Correios no estado. Segundo a
reportagem, Ângelo declarou que “a presidente Dilma Rousseff só
chegou a 40% das intenções de voto em Minas Gerais porque tem dedo forte
dos petistas dos Correios”. No entendimento
do ministro Admar Gonzaga, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a inclusão do
advérbio “só” em uma fala transcrita em reportagem não é o suficiente para
conceder direito de resposta a um candidato, pois não necessariamente torna o
conteúdo “sabidamente inverídico”.
São
Paulo (SP) - A jornalista Rachel Sheherazade, âncora do programa “SBT Brasil”, denunciou
nas redes sociais ter recebido ameaças de morte pela Internet. A apresentadora chegou a recorrer ao Ministério
Público Federal, mostrando imagens postadas por um usuário identificado como
João Neri que escreve, entre outros comentários, “eu vou matar você enquanto
você não sair do SBT”, e também “matem a Rachel, a imprensa vai calar a sua
boca!”. No Twitter, a jornalista classificou o autor das ameaças como um “militante
ou simpatizante petista”.
Pelo mundo
Síria
– O correspondente Mohanad al-Akidi, da agência de notícias Sada, foi
assassinado a tiros pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI) em 13 de
outubro. O repórter
havia sido raptado pelo grupo em julho quando tentava viajar para a província
de Dohuk.
Paraguai
- O jornalista Pablo Medina, correspondente do jornal ABC Color, foi executado a
tiros na tarde de 16 de outubro após uma reportagem em Crescentius González, no
departamento de Canindeyú, que faz fronteira com o Brasil. O repórter estava em seu carro
acompanhado de uma líder camponesa local quando ambos foram atingidos por
tiros. A mulher conseguiu pedir socorro e foi encaminhada para o Hospital de
Curuguaty. Medina era alvo frequente de ameaças por produzir reportagens sobre
a produção de maconha na região.
EUA
- O editor Johh Hruby, do jornal Marlow Review, de Oklahoma, foi encontrado
morto em sua casa em 13 de outubro, junto a sua esposa e filha de 17 anos. O Ministério Público local trata o
crime como homicídio. Até o momento, ninguém foi preso.
Chile
- A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) denunciou durante a 70ª
assembleia geral da organização, realizada em Santiago, o retrocesso da liberdade
de imprensa na América Latina (AL) e o aumento das agressões a jornalistas na
região. A SIP
contabiliza 11 assassinatos de jornalistas no último semestre: três no
Paraguai, três em Honduras, dois no México, um na Colômbia, um em El Salvador e
um no Peru. As agressões a jornalistas aumentaram em países como Brasil, Colômbia,
Bolívia e EUA, decorrentes da cobertura tanto de processos eleitorais quanto de
manifestações sociais.
Colômbia
- Dez jornalistas estão sendo ameaçados por grupos paramilitares como Los
Urabeños e Los Rastrojos.
Eles exigem que os profissionais peçam demissão e deixem as cidades onde
trabalham. Aproximadamente 160 pessoas, entre repórteres, ativistas de direitos
humanos, advogados e lideranças sindicais, foram diretamente apontados como
alvos dos grupos, em setembro. Oito jornalistas que trabalham na região de
Valle del Cauca receberam um aviso em 28 de setembro, no qual o grupo diz que “aqueles
que quebrarem a ordem direta imposta pelos Los Urabeños serão silenciados”.
Egito
- O jornalista Ahmed Mansour, da rede de TV Al Jazeera, foi condenado a 15 anos
de prisão por “torturar um advogado” durante um protesto na Praça Tahrir, em
2011. O apresentador
é o quarto profissional da emissora árabe a ser condenado no país. Segundo o
próprio canal, as acusações são falsas e servem como “evidência de uma
tentativa de silenciar jornalistas, manchar sua reputação e prejudicar seu
trabalho”. Mansour ainda enfrenta outras 150 acusações, inclusive a de apoiar
grupos terroristas no território egípcio.
Turquia
- O jornalista Aytekin Gezici foi detido no sul da Turquia para explicar a
publicação constante de tuítes contra o governo. O mandado judicial permite ainda que
a polícia “copie e examine” os logs de computadores de suspeitos, além de
legalizar o monitoramento de celulares, câmeras e outros aparelhos eletrônicos.
Após ser detido, o repórter foi levado para a delegacia para prestar
depoimento.
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A Associação
Riograndense de Imprensa (www.ari.org.br) disponibiliza o correio eletrônico
imprensalivre@ari.org.br aos profissionais e estudantes da comunicação social
para as denúncias envolvendo atentados ao livre exercício da profissão de
jornalista.
O programa Conversa de
Jornalista, transmitido aos sábados pela Rádio da Universidade AM 1080 Mhz, de
Porto Alegre (RS), apresenta a resenha semanal das ocorrências nacionais e
internacionais sobre liberdade de imprensa e expressão.
Fontes: ARI
(www.ari.org.br), ABI (www.abi.org.br), Fenaj (www.fenaj.org.br), ANJ
(www.anj.org.br), Observatório da Imprensa (www.observatoriodaimprensa.com.br),
Abert (www.abert.org.br), Abraji (www.abraji.org.br), Portal Imprensa
(www.portalimprensa.com.br), Rede em Defesa da Liberdade de Imprensa
(www.liberdadedeimprensa.org.br), Portal Coletiva (www.coletiva.net), Consultor
Jurídico (www.conjur.com.br), Sociedade Interamericana de Imprensa (Miami),
Federação Internacional de Jornalistas (www.ifj.org) (Bruxelas), Sindicato dos
Jornalistas de Portugal (www.jornalistas.eu)(Lisboa), ONG Repórteres Sem
Fronteiras (www.rsf.org) (Paris), Portal Comunique-se
(portal.comunique-se.com.br), Comitê de Proteção aos Jornalistas (Nova Iorque),
Centro Knight para o Jornalismo nas Américas (knightcenter.utexas.edu), ONG
Campanha Emblema de Imprensa (PEC), Freedom House (www.freedomhouse.org),
Associação Mundial de Jornais (www.wan-ifra.org), Fórum Mundial dos Editores e
outras instituições e entidades de defesa do livre exercício da profissão de
jornalista.
Pesquisa e edição de Vilson Antonio Romero
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