domingo, 21 de julho de 2013

BOLETIM 30 ANO VIII

A LIBERDADE DE IMPRENSA NO BRASIL E NO MUNDO
Notas do Brasil
Cuiabá (MT) – O apresentador Luiz Itiki, do programa “Conexão 1.7”, da TV Brasil Oeste, sofreu uma tentativa de assassinato em 15 de julho, no Parque de Exposições. O ataque está sendo investigado pela Delegacia do Complexo do Planalto. Itiki foi atacado por dois rapazes e atingido nas costas e na testa, com ferimentos superficiais. Até o momento, ninguém foi detido.

Rio de Janeiro (RJ) - Um prédio administrativo da Rede Globo foi atingido por coquetéis molotov e um veículo do SBT foi pichado durante as manifestações ocorridas em 17 de julho que iniciaram defronte a residência do governador Sérgio Cabral. Ônibus também foram pichados com a inscrição “Fora Cabral” e uma placa da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) foi incendiada na rua Mário Ribeiro, na Gávea. Manifestantes montaram barricadas e atacavam policiais militares na rua onde reside Cabral.

Brasília (DF) I - A 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça rejeitou um recurso da TV Bandeirantes e manteve a decisão do Tribunal de Justiça do RJ que condenou a emissora a indenizar uma mulher em R$ 20,4 mil por danos morais por exibi-la beijando um ex-namorado. A cena gravada e veiculada originalmente em 2004, foi reproduzida sem autorização em 2005 e 2007. A autora do processo alega que a exibição da cena causou constrangimento a ela e ao novo namorado.

São Paulo (SP) - A 4ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça negou em 18 de julho o recurso do Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação, Limpeza Urbana e Ambiental de Ribeirão Preto contra sentença que isentava Boris Casoy e a TV Bandeirantes de pagarem indenização à categoria dos lixeiros. A indenização seria de R$ 3,5 milhões e o valor seria revertido ao FAT. O processo resulta da manifestação de Boris Casoy a respeito de dois garis que desejavam feliz Ano Novo aos telespectadores. “Que merda. Dois lixeiros desejando felicidades do alto de suas vassouras. O mais baixo na escala do trabalho”, disse em fala que não deveria ter ido ao ar, mas que foi reproduzida em rede por problemas técnicos.

Pelo mundo
México - O corpo do jornalista Alberto López Bello, da editoria policial do jornal El Imparcial, foi encontrado em 17 de junho, no estado de Oaxaca, apresentando ferimentos à bala e sinais de golpes. López Bello trabalhava há seis anos no diário e estava cobrindo atividades do narcotráfico de Oaxaca.

Síria - O jornalista Mohammed Darrar Jammo e sua esposa foram assassinados em seu apartamento em 17 de julho. Vários homens não-identificados invadiram a residência e executaram o profissional com 30 tiros. Jammo era jornalista e comentarista político conhecido como por sua afinidade com o presidente Bashar Al-Assad. Ele também era um apoiador das respostas do Governo aos ataques armados organizados por insurgentes.

Equador - O repórter Iván Casamen, da emissora RTS, foi detido em 15 de julho quando cobria um acidente em um túnel ao norte da capital Quito. O profissional permaneceu preso por mais de 16 horas e só foi liberado após pagamento de fiança. Casámen teria discutido com um tenente em sua tentativa de encontrar um local adequado para filmar, e teria atravessado uma fita amarela colocada pela polícia.

EUA I - A revista Rolling Stone está sendo criticada por colocar na capa uma imagem de Dzhokhar Tsarnaev, um dos responsáveis pelo atentado na Maratona de Boston. A publicação costuma dedicar o espaço para artistas e políticos. Diversos leitores consideraram que a capa enaltece o tchetcheno, apesar de o periódico se referir ao estudante como um “monstro”.

EUA II – O jornal New York Post responde processo movido por Liam Gallagher, ex-vocalista da banda Oasis, por ter noticiado que o cantor é supostamente o pai de uma criança resultado de sua relação com a jornalista Liza Ghorbani. O New York Post  acrescentou que a mulher apresentou um processo no Tribunal de Família de Manhattan pedindo que o astro pague 2,3 milhões de euros em indenização. Ambas as partes querem que o assunto seja tratado em segredo.

EUA III - Jornalistas de vários países pediram em 17 de julho ao Conselho de Segurança da ONU medidas para combater os assassinatos de profissionais da categoria no mundo. No primeiro debate sobre o jornalismo no Conselho, organizado pelos EUA, vários embaixadores ocidentais destacaram os direitos dos jornalistas. Mustafa Haji Abdinur, correspondente da AFP na Somália, declarou aos 15 embaixadores do Conselho que é um “homem morto caminhando” pelos perigos que enfrenta cobrindo o conflito em seu país. O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), com sede em Nova York, estima que 28 profissionais já morreram neste ano. O repórter libanês Abdulahi Farah, da emissora Kalsan, foi o último profissional a ser morto na Somália. O representante de Moscou na ONU, Vitali Churkin, acrescentou que o jornalismo se tornou “uma das profissões mais perigosas”, porém advertiu que não se devem tomar riscos injustificáveis.

Iêmen – A correspondente Judith Spiegel, da emissora pública VRT, e seu marido, sequestrados há um mês, postaram um vídeo no You Tube pedindo às autoridades e à sociedade da Holanda ,“que façam algo” para evitar a execução do casal, Judith foi capturada por homens armados na casa onde morava na capital Sana.

Colômbia - A Corte Suprema de Justiça absolveu em 15 de julho o jornalista Luis Agustín González que havia sido condenado à prisão por difamação. González, diretor do jornal Cundinamarca Democrática, foi condenado em 2012 a 20 meses de prisão após publicar um editorial criticando a candidatura ao Congresso da ex-governadora María Leonor Camargo. Meses depois a decisão foi ratificada pela Corte Superior de Cundinamarca. Contudo, a mais alta instância da justiça do país determinou esta semana que “enquanto espécie da liberdade de expressão, a liberdade de opinião política tem uma proteção maior, precisamente pelos fins que persegue e exposição a que estão sujeitos os funcionários públicos”.
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A Associação Riograndense de Imprensa (www.ari.org.br) disponibiliza o correio eletrônico imprensalivre@ari.org.br aos profissionais e estudantes da comunicação social para as denúncias envolvendo atentados ao livre exercício da profissão de jornalista.

O programa Conversa de Jornalista, transmitido aos sábados pela Rádio da Universidade AM 1080 Mhz, de Porto Alegre (RS), apresenta a resenha semanal das ocorrências nacionais e internacionais sobre liberdade de imprensa e expressão. 

Fontes: ARI (www.ari.org.br), ABI (www.abi.org.br), Fenaj (www.fenaj.org.br), ANJ (www.anj.org.br), Observatório da Imprensa, Abert (www.abert.org.br), Abraji (www.abraji.org.br), Portal Imprensa (www.portalimprensa.com.br), Rede em Defesa da Liberdade de Imprensa (www.liberdadedeimprensa.org.br), Portal Coletiva (www.coletiva.net), Sociedade Interamericana de Imprensa (Miami), Federação Internacional de Jornalistas (www.ifj.org) (Bruxelas), Sindicato dos Jornalistas de Portugal (www.jornalistas.online.pt)(Lisboa), ONG Repórteres Sem Fronteiras (www.rsf.org) (Paris), Portal Comunique-se, Comitê de Proteção aos Jornalistas (Nova Iorque), Centro Knight para o Jornalismo nas Américas (knightcenter.utexas.edu), ONG Campanha Emblema de Imprensa (PEC), Freedom House (www.freedomhouse.org), Associação Mundial de Jornais (www.wan.org), Fórum Mundial dos Editores e outras instituições e entidades de defesa do livre exercício da profissão de jornalista.

Pesquisa e edição de Vilson Antonio Romero

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