Notas do Brasil
Cuiabá (MT) – O apresentador Luiz Itiki, do programa “Conexão 1.7”, da TV
Brasil Oeste, sofreu uma tentativa de assassinato em 15 de julho, no Parque de
Exposições. O ataque está sendo
investigado pela Delegacia do Complexo do Planalto. Itiki foi atacado
por dois rapazes e atingido nas costas e na testa, com ferimentos superficiais.
Até o momento, ninguém foi detido.
Rio de Janeiro (RJ) - Um prédio administrativo da Rede
Globo foi atingido por coquetéis molotov e um veículo do SBT foi pichado durante
as manifestações ocorridas em 17 de julho que iniciaram defronte a residência
do governador Sérgio Cabral. Ônibus também foram pichados com a inscrição “Fora
Cabral” e uma placa da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) foi incendiada na rua
Mário Ribeiro, na Gávea. Manifestantes montaram barricadas e atacavam policiais
militares na rua onde reside Cabral.
Brasília (DF) I - A 3ª Turma do Superior Tribunal de
Justiça rejeitou um recurso da TV Bandeirantes e manteve a decisão do Tribunal
de Justiça do RJ que condenou a emissora a indenizar uma mulher em R$ 20,4 mil por danos morais por exibi-la beijando um ex-namorado. A
cena gravada e veiculada originalmente em 2004, foi reproduzida sem autorização
em 2005 e 2007. A autora do processo alega que a exibição da cena causou
constrangimento a ela e ao novo namorado.
São Paulo (SP) - A 4ª Câmara de Direito Privado do
Tribunal de Justiça negou em 18 de julho o recurso do Sindicato dos Empregados
em Empresas de Asseio e Conservação, Limpeza Urbana e Ambiental de Ribeirão
Preto contra sentença que isentava Boris Casoy e a TV Bandeirantes de pagarem
indenização à categoria dos lixeiros. A indenização seria de R$ 3,5 milhões e o valor seria revertido ao FAT.
O processo resulta da manifestação de Boris Casoy a respeito de dois garis que
desejavam feliz Ano Novo aos telespectadores. “Que merda. Dois lixeiros
desejando felicidades do alto de suas vassouras. O mais baixo na escala do
trabalho”, disse em fala que não deveria ter ido ao ar, mas que foi reproduzida
em rede por problemas técnicos.
Pelo mundo
México - O corpo do jornalista
Alberto López Bello, da editoria policial do jornal El Imparcial, foi encontrado
em 17 de junho, no estado de Oaxaca, apresentando ferimentos à bala e sinais de golpes. López Bello trabalhava há seis anos no diário
e estava cobrindo atividades do narcotráfico de Oaxaca.
Síria - O jornalista Mohammed Darrar Jammo e sua esposa
foram assassinados em seu apartamento em 17 de julho. Vários homens não-identificados invadiram a residência
e executaram o profissional com 30 tiros.
Jammo era jornalista e comentarista político conhecido como por sua afinidade
com o presidente Bashar Al-Assad. Ele também era um apoiador das respostas do
Governo aos ataques armados organizados por insurgentes.
Equador - O repórter Iván Casamen, da emissora RTS, foi
detido em 15 de julho quando cobria um acidente em um túnel ao norte da capital
Quito. O profissional permaneceu
preso por mais de 16 horas e só foi liberado após pagamento de fiança. Casámen
teria discutido com um tenente em sua tentativa de encontrar um local adequado
para filmar, e teria atravessado uma fita amarela colocada pela polícia.
EUA I - A revista Rolling Stone está sendo criticada por
colocar na capa uma imagem de Dzhokhar Tsarnaev, um dos responsáveis pelo
atentado na Maratona de Boston. A
publicação costuma dedicar o espaço para artistas e políticos. Diversos
leitores consideraram que a capa enaltece o tchetcheno, apesar de o periódico
se referir ao estudante como um “monstro”.
EUA II – O jornal New York Post responde processo movido
por Liam Gallagher, ex-vocalista da banda Oasis, por ter noticiado que o
cantor é supostamente o pai de uma criança resultado de sua relação com a
jornalista Liza Ghorbani. O New York Post acrescentou que a mulher apresentou um
processo no Tribunal de Família de Manhattan pedindo que o astro pague 2,3
milhões de euros em indenização. Ambas as partes querem que o assunto seja
tratado em segredo.
EUA III - Jornalistas de vários países pediram em 17 de
julho ao Conselho de Segurança da ONU medidas para combater os assassinatos de
profissionais da categoria no mundo. No primeiro debate sobre o jornalismo no Conselho, organizado
pelos EUA, vários embaixadores ocidentais destacaram os direitos dos
jornalistas. Mustafa Haji Abdinur, correspondente da AFP na Somália, declarou
aos 15 embaixadores do Conselho que é um “homem morto caminhando” pelos perigos
que enfrenta cobrindo o conflito em seu país. O Comitê para a Proteção dos
Jornalistas (CPJ), com sede em Nova York, estima que 28 profissionais já morreram
neste ano. O repórter libanês Abdulahi Farah, da emissora Kalsan, foi o último
profissional a ser morto na Somália. O representante de Moscou na ONU, Vitali
Churkin, acrescentou que o jornalismo se tornou “uma das profissões mais perigosas”,
porém advertiu que não se devem tomar riscos injustificáveis.
Iêmen – A correspondente Judith Spiegel, da emissora pública VRT, e seu marido, sequestrados há um mês,
postaram um vídeo no You Tube pedindo às autoridades e à sociedade da Holanda
,“que façam algo” para evitar a execução do casal, Judith foi
capturada por homens armados na casa onde morava na capital Sana.
Colômbia - A Corte Suprema de Justiça absolveu em 15 de
julho o jornalista Luis Agustín González que havia sido condenado à prisão por
difamação. González, diretor do jornal Cundinamarca Democrática, foi
condenado em 2012 a 20 meses de prisão após publicar um editorial criticando a
candidatura ao Congresso da ex-governadora María Leonor Camargo. Meses depois a
decisão foi ratificada pela Corte Superior de Cundinamarca. Contudo, a mais
alta instância da justiça do país determinou esta semana que “enquanto espécie
da liberdade de expressão, a liberdade de opinião política tem uma proteção
maior, precisamente pelos fins que persegue e exposição a que estão sujeitos os
funcionários públicos”.
................................ A Associação Riograndense de Imprensa (www.ari.org.br) disponibiliza o correio eletrônico imprensalivre@ari.org.br aos profissionais e estudantes da comunicação social para as denúncias envolvendo atentados ao livre exercício da profissão de jornalista.
O programa Conversa de Jornalista, transmitido aos sábados
pela Rádio da Universidade AM 1080 Mhz, de Porto Alegre (RS), apresenta a
resenha semanal das ocorrências nacionais e internacionais sobre liberdade de
imprensa e expressão.
Fontes: ARI (www.ari.org.br), ABI (www.abi.org.br), Fenaj
(www.fenaj.org.br), ANJ (www.anj.org.br), Observatório da Imprensa, Abert
(www.abert.org.br), Abraji (www.abraji.org.br), Portal Imprensa
(www.portalimprensa.com.br), Rede em Defesa da Liberdade de Imprensa
(www.liberdadedeimprensa.org.br), Portal Coletiva (www.coletiva.net), Sociedade
Interamericana de Imprensa (Miami), Federação Internacional de Jornalistas
(www.ifj.org) (Bruxelas), Sindicato dos Jornalistas de Portugal
(www.jornalistas.online.pt)(Lisboa), ONG Repórteres Sem Fronteiras
(www.rsf.org) (Paris), Portal Comunique-se, Comitê de Proteção aos Jornalistas
(Nova Iorque), Centro Knight para o Jornalismo nas Américas
(knightcenter.utexas.edu), ONG Campanha Emblema de Imprensa (PEC), Freedom
House (www.freedomhouse.org), Associação Mundial de Jornais (www.wan.org),
Fórum Mundial dos Editores e outras instituições e entidades de defesa do livre
exercício da profissão de jornalista.
Pesquisa e edição de Vilson Antonio Romero
Nenhum comentário:
Postar um comentário