Notas do Brasil
São João da Barra (RJ) - O radialista Renato Machado Gonçalves, também sócio da Rádio Barra FM, morreu após ser baleado na porta da emissora, em 8 de janeiro, no centro da cidade. Ele morava nos fundos do prédio e foi atingido por quatro tiros disparados pelo caroneiro de uma moto, quando chegava em casa à noite. Gonçalves não havia revelado qualquer tipo de ameaça nos últimos dias. Pessoas próximas contam que o jornalista sempre foi polêmico e com frequência se envolvia em confusões. Entretanto, não estava trabalhando em nenhum assunto delicado nos últimos dias.
Santo Amaro (SP) -
Uma mulher entrevistada para uma reportagem da Rede Globo processou a emissora
e acabou condenada a pagar multa por “faltar com a verdade” pela juíza Fernanda
Fialdini, da 4ª Vara Cível do Foro Regional. A Globo exibiu imagem da
mulher em uma reportagem sobre o uso de cartões de crédito, em agosto de 2010.
A autora afirmou que a emissora a filmou sem que ela percebesse e que colocou
sobre a imagem dela “palavras de cunho malicioso”. Ela disse ainda que a
matéria foi ao ar no horário nobre, exibiu um cartão de crédito dela, inclusive
sua assinatura, o que poderia lhe trazer o risco de ter seu cartão clonado e
pediu R$ 100 mil em indenização.
Belém (PA) - Os
apresentadores do programa Mix Atualidades da Rádio Marajoara FM 100,9
conseguiram o direito de divulgar o nome de três empresários investigados em
crimes sexuais envolvendo adolescentes a bordo de uma lancha. A autorização
judicial derrubou a liminar obtida pelos empresários para que não tivessem seus
nomes expostos na mídia enquanto a Justiça não decidia se o processo correria
em segredo de Justiça. O caso está sendo investigado em inquérito que tramita
com sigilo apenas referente aos nomes das menores. Os investigados podem ser
indiciados por exploração e indução a prostituição de adolescentes, bem como,
violência sexual; indução a embriagues e até mesmo exploração e corrupção de
menores.
Campo Grande (MS) - A
4ª Vara Cível negou indenização por danos morais de R$ 500 mil de uma mulher que
alegava ter sido exposta em uma
reportagem de emissora de TV onde aparecia praticando ato sexual. Ela ainda
foi condenada ao pagamento de R$ 1 mil de honorários advocatícios. Na
contestação, a emissora argumentou que não foi divulgado nada capaz de
identificar a autora, já que na reportagem todas as imagens estavam desfocadas.
A emissora afirmou ainda que as imagens foram obtidas em via pública, portanto,
de acesso geral. E sustentou que apenas cumpriu seu papel jornalístico
mostrando que ato obsceno em via pública é fato que merece a atenção da sociedade,
devendo ser objeto de reportagem.
Brasília (DF) - Desde
que o repórter Mauri König, da Gazeta do Povo, de Curitiba (PR), e diretor da Associação
Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), deixou o país acompanhado de
sua família após ser ameaçado, a Polícia Federal monitora o caso. Os
ataques ao jornalista decorreram de uma série de reportagens intitulada “Polícia
Fora da Lei”, que denunciava irregularidades nas polícias militar e civil do
Paraná,
Pelo mundo
Tanzânia - O corpo do
repórter Issa Ngumba, da Rádio Kwizera, foi encontrado na floresta de
Kajuhuleta em 8 de janeiro com um ferimento de bala em seu braço esquerdo e
evidências que sugeriam um estrangulamento ou enforcamento. O jornalista tinha
sumido há três dias. A arma do crime foi encontrada ao lado de seu corpo,
juntamente com dois telefones celulares.
Síria - O jornalista
Suheil al-Ali, da TV Addounia, morreu em 4 de janeiro, quatro dias após ter
sido atacado por um oposicionista nos arredores de Damasco, quando retornava
para casa. O repórter trabalhava em uma televisão pró-governo. Profissionais
favoráveis ao atual presidente têm virado alvo de insurgentes, assim como
autoridades e instituições do governo.
Argentina – O
cinegrafista José Escudero, do Canal Doce, e o fotógrafo “freelancer” Paul
Amiune, foram apedrejados em 9 de janeiro durante uma manifestação contra o
aumento da passagem do transporte público na cidade de Córdoba. Escudero
sofreu um corte profundo no rosto e teve de ser medicado. Já o fotógrafo foi
atingido por uma pedrada que primeiro acertou sua câmera, o que deixou a lente
danificada, e em seguida bateu em seu corpo.
Sudão do Sul – Os jornalistas
Louis Pasquale, diretor-geral da emissora estatal de rádio, e Khamis Ashab, diretor
da TV pública, foram presos sob a acusação de não noticiarem um discurso “importante”
do presidente Salva Kirr. As detenções foram confirmadas pelo ministro da
Informação em uma visita a Wau, estado no oeste do país onde tem acontecido
intensos confrontos. Segundo o Comitê de Proteção aos Jornalistas (CPJ), a
decisão do Sudão do Sul é parte de uma campanha deliberada para esconder a
tensão em Wau.
República Dominicana –
O produtor Justo María Cruz, do telejornal Teve-Notas, do canal 12 de Telever, denunciou
que dois homens atiraram contra sua casa, no município de Jarabacoa, região
central do país, na noite de 9 de janeiro. Apesar dos danos à residência e
ao seu carro, ninguém ficou ferido. O jornalista não apontou culpados pelo
ataque, mas disse que suas constantes denúncias de corrupção entre funcionários
públicos estar ligadas ao caso.
Grécia – As
residências de Antonis Skyllakos, diretor da Agência de imprensa Grega, e de
quatro jornalistas de outras emissoras de TV, a pública Net e as privadas Alpha
e Mega, tiveram a fachada de suas casas incendiadas com artefatos compostos por
pequenas bombas de gás, na madrugada de 11 de janeiro. Em meio a tensões
entre movimentos radicais gregos e a polícia, os atentados provocaram somente
danos materiais.
Gâmbia - O Comitê
para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) pediu a libertação imediata do jornalista
Abdoulie John, chefe de redação do
site Jollof News e correspondente da Associated Press (AP), detido desde 7 de janeiro, na capital
Banjul. Segundo o CPJ, John é vítima de perseguição por parte da Agência
Nacional de Inteligência (NIA) desde o início de dezembro de 2012. Ele foi
interrogado durante três horas pela NIA e teve a casa revistada. Sua detenção
estaria ligada a uma reportagem para o portal.
China - Autoridades
chinesas e funcionários do semanário Southern Weekly encerraram em 9 de janeiro
o confronto decorrente de censura à publicação. A crise resultou em greve
de jornalistas e protestos da população da cidade de Guangzhou, no Cantão. Pelo
menos 12 pessoas foram detidas acusadas de subversão e agrupamento ilegal após
apoiarem os protestos contra a censura. Mais de 300 pessoas se reuniram durante
a semana às portas da publicação para pedir respeito à liberdade de imprensa na
China e a demissão do chefe de propaganda do Partido Comunista (PCCh) no Cantão,
Tuo Zhen, acusado de ordenar que, na primeira edição de 2013, um texto que
pedia reformas políticas fosse substituído por elogios ao Partido Comunista.
................... A Associação Riograndense de Imprensa (www.ari.org.br) disponibiliza o correio eletrônico imprensalivre@ari.org.br aos profissionais e estudantes da comunicação social para as denúncias envolvendo atentados ao livre exercício da profissão de jornalista.
O programa Conversa de Jornalista, transmitido aos sábados
pela Rádio da Universidade AM 1080 Mhz, de Porto Alegre (RS), apresenta a
resenha semanal das ocorrências nacionais e internacionais sobre liberdade de
imprensa e expressão.
Fontes: ARI (www.ari.org.br), ABI
(www.abi.org.br), Fenaj (www.fenaj.org.br), ANJ (www.anj.org.br), Observatório
da Imprensa, Abert (www.abert.org.br), Abraji (www.abraji.org.br), Portal
Imprensa (www.portalimprensa.com.br), Rede em Defesa da Liberdade de Imprensa
(www.liberdadedeimprensa.org.br), Portal Coletiva (www.coletiva.net), Sociedade
Interamericana de Imprensa (Miami), Federação Internacional de Jornalistas
(www.ifj.org) (Bruxelas), Sindicato dos Jornalistas de Portugal
(www.jornalistas.online.pt)(Lisboa), ONG Repórteres Sem Fronteiras
(www.rsf.org) (Paris), Portal Comunique-se, Comitê de Proteção aos Jornalistas
(Nova Iorque), Centro Knight para o Jornalismo nas Américas
(knightcenter.utexas.edu), ONG Campanha Emblema de Imprensa (PEC), Freedom
House (www.freedomhouse.org), Associação Mundial de Jornais (www.wan.org),
Fórum Mundial dos Editores e outras instituições e entidades de defesa do livre
exercício da profissão de jornalista.
Pesquisa e edição de Vilson Antonio Romero
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